The Namibian, 8 de Maio
(Tradução livre)
A descoberta de um navio afundado, com aproximadamente 500 anos de idade, na Área de pesquisa 1, pela companhia Namdeb, perto de Oranjemund, no mês passado é só o primeiro capítulo do que se pode tornar um longo trabalho de detective na descoberta de segredos dos navios afundados junto à costa africana.
A descoberta do navio foi noticiada mundialmente, com a Namdeb a anunciar que serão provavelmente os destroços sub-sarianos mais antigos jamais encontrados. As peças recolhidas incluem milhares de moedas de ouro portuguesas e espanholas, moedas de prata portuguesas, canhões de bronze, mais de 50n dentes de elefante, entre outras peças importantes.
Parecendo cada vez mais comprovar-se que os destroços são de origem portuguesa, o Governo português já se ofereceu para assistir ao estudo dos destroços e nos esforços para identificar o navio.
Até agora, perto de 70% das moedas de ouro recuperadas são espanholas, enquanto que os outros 30% são moedas prata portuguesas.
Algumas das moedas espanholas têm a imagem de Fernando II e Isabel I, que governaram Espanha no final de 1400 e princípio de 1500, enquanto algumas das moedas portuguesas têm a face de D. João II, que reinou entre 1481 and 1495. Entre os finais de 1400 e princípios de 1500, os portugueses eram os principais navegadores nesta parte da costa africana.
"Parece cada vez mais que se trata de um navio português", salientou o arqueólogo Dieter Noli, que desempenhou um papel principal no primeiro exame dos destroços em Abril.
A intenção final do estudo dos destroços é que todas as peças recuperadas permaneçam na Namíbia. De acordo com a actual Directora do National Heritage Council, todos os destroços encontrados em águas da Namíbia ou na sua costa, com mais de 35 anos, são classificados como destroços históricos de acordo com a lei, pertencendo ao Estado.
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