Por Ferreira Fernandes, in Diário de Notícias
Durante um torneio, por cá, os futebolistas da République du Cameroun souberam que o nome do seu país em português era Camarões e o significado disso. Ameaçaram boicotar os jogos, até que alguém lhes contou o que eles nunca tinham ouvido: em 1472, o navegador português Fernando Pó chegou à foz do rio Wouri, viu tantos camarões que se inspirou neles para baptizar o lugar. Depois, vieram holandeses, alemães, ingleses e franceses, com os camarões alapados no nome do país, de Kamerun a Cameroun. Sem que os locais soubessem o que isso queria dizer...
O mesmo não se pode dizer dos habitantes da ilha grega de Lesbos. Eles conhecem o milenar poema de amor a uma mulher, escrito pela compatriota Sapho. Generalizada, a palavra lésbica passou a definir homossexualidade feminina. Agora, os 350 mil habitantes da ilha protestam pelo uso sexual da palavra. Isso, claro, descontando as lésbicas-lésbicas, que deve haver, e alguns ilhéus lésbicos heterossexuais que de tanto amar as mulheres adorariam ser lésbicos (sexuais).
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