Os membros do Governo não pagam bilhete na TAP quando viajam em serviço e o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, não poupou dinheiro ao Estado com a sua opção de viajar esta semana para Bruxelas em classe económica.
A TAP não quis falar sobre o assunto.
A informação de que os membros do Governo não pagam bilhetes na transportadora aérea nacional (uma empresa pública) foi avançada pelo Jornal de Negócios (JdeN) e confirmada pelo junto de um membro de um anterior Governo.
Esta prática já vem de longa data, mas a TAP não quis explicá-la. “A TAP não fala sobre viagens dos seus clientes nem sobre as condições que têm ou não têm”, disse o director de comunicação da empresa, António Monteiro.
Todos os membros do Governo, do primeiro-ministro aos secretários de Estado, estão isentos de pagamento das viagens em serviço na TAP (tal como acontece também na CP). No entanto, isso já não acontece com os membros dos seus gabinetes, cujos bilhetes são pagos, mas que normalmente já viajavam em económica. Se houver necessidade de membros do Governo viajarem noutras companhias aéreas, a nova política de Passos Coelho já levará a poupança de verbas.
Na quinta-feira, Passos Coelhos confirmou que ele próprio e todos os restantes membros do Governo viajarão para a Europa sempre em classe económica, para “dar o exemplo”, cumprindo assim uma promessa que tinha feito antes das eleições.
O JdeN contactou o gabinete do primeiro-ministro, onde um assessor não quis comentar o assunto, tendo adiantado que a fuga de informação não partiu do Governo.
Ao pôr os membros do Governo a viajar em económica para os destinos na Europa (não se sabe como será no longo curso), Passos Coelho não poupa directamente dinheiro mas liberta lugares na TAP em classe executiva, onde o preço dos bilhetes é muito superior, podendo por esta via permitir que nalguns casos a empresa venda bilhetes nesta classe que de outro modo estariam indisponíveis.
[Começaram as poupanças...]
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