Ideia passa por desenvolver a indústria do petróleo na costa sul.
O presidente da Galp disse esta quinta-feira que a petrolífera portuguesa "olha para Timor com rigor, qualidade e ambição" e que os planos para a costa sul do território são uma das razões da deslocação a Díli.
Manuel Ferreira de Oliveira falava à margem da conferência Energia em Timor-Leste, co-organizada pelo Parlamento timorense, pelo Governo de Timor-Leste e pela Galp Energia, que decorre durante dois dias em Díli, em que participam também a Petrobras e a Petrogal Angola, além de autoridades timorenses.
Em causa está o "mega-projeto" do Governo timorense, denominado "Tasi Mane", hoje pormenorizadamente descrito na conferência pelo secretário de Estado dos Recursos Naturais timorense, Alfredo Pires, que visa o desenvolvimento industrial da costa sul, com o sector do petróleo e do gás, escreve a Lusa.
O projecto prevê uma base de fornecimento no Suai, com um porto de mar e aeroporto, um pólo de refinação e indústria petroquímica em Betano, e instalações de liquefacção de gás em Viqueque/Betasso, que tem estado na origem da polémica com a petrolífera australiana Woodside, porque pressupõe a ligação em gasoduto ao campo de exploração conjunta de Sunrise, e a concessionária prefere fazer uma plataforma flutuante para processar o gás.
"Esses projectos estão todos neste momento em gestação e uma das razões pelas quais estamos aqui é para os conhecer e para perceber quais são os planos que Timor tem para a construção do seu futuro e estudá-los. Temos o dever de o fazer porque olhamos para Timor com rigor, com qualidade e com ambição", declarou Manuel Ferreira de Oliveira.
As autoridades timorenses estão especialmente interessadas em ver a Galp envolvida no pólo de Betano, como hoje mesmo admitiu o secretário de Estado dos Recursos Naturais.
"Tive uma conversa com a Galp e depois vamos falar melhor sobre as expectativas que temos. Vamos assinar um memorando de entendimento e esse é um dos assuntos que queremos discutir e é uma das possibilidades em aberto. São questões comerciais e os estudos de viabilidade estão feitos. Agora terá que se decidir quem vai participar, mas haverá sempre preferência às parcerias estratégicas" afirmou.
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