Autoridades locais dos oito Estados da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) reúnem-se hoje e amanhã em Lisboa para partilhar experiências de governação e concertar políticas locais de apoio à cooperação e ao desenvolvimento.
No encontro, promovido pela Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e pela Câmara de Lisboa, serão eleitos os órgãos directivos do Fórum das Autoridades Locais da CPLP, associados à declaração de Lisboa.
Além da forte representação de municípios dos países da CPLP (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, S. Tomé e Príncipe e Timor), estarão presentes seis ministros e dois primeiros-ministros (de Portugal e Cabo Verde). No entender de fonte da ANMP, estas presenças de representantes das administrações centrais evidenciam "o reconhecimento do trabalho que os municípios vêm fazendo e o interesse que os governos centrais estão a dedicar à lusofonia".
O cumprimento dos oito Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, traçados em 2000 pela Organização das Nações Unidas, a gestão eficiente da água, o reforço da cooperação, através de acções concretas de partilha, e a criação de instrumentos institucionais que permitam aos municípios de expressão portuguesa falar a uma só voz nas instâncias internacionais, serão temas em debate no fórum.
"No mundo globalizado em que vivemos, precisamos juntar vozes, para nos fazermos ouvir. Pelo património comum e pela língua que partilhamos, os municípios da CPLP têm todas as condições para falarem a uma só voz nos fóruns internacionais", sublinhou a mesma fonte.
A tónica do encontro é a da partilha de experiências, mas sempre no reconhecimento da capacidade do poder local em melhorar as condições de vida das pessoas. "Não queremos impor o nosso modelo e ninguém nos imporá o deles. As boas experiências do Brasil podem não se ajustar em Angola, por exemplo. Estamos é todos disponíveis para ajudar."
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