O antigo presidente interino da Guiné-Bissau Henrique Rosa disse hoje estar "disponível" para se candidatar às eleições presidenciais guineenses previstas para dentro de dois meses.
Em declarações na Cidade da Praia, onde se encontra de visita privada, Henrique Rosa, que governou interinamente a Guiné-Bissau após o golpe de Estado de 2003 que derrubou Kumba Ialá, indicou estar a ser alvo de "grande pressão" para se apresentar como candidato.
"Estou disponível para ajudar a Guiné-Bissau, que precisa muito de todos os seus filhos. Estou a receber uma grande pressão nesse sentido - e eu tenho responsabilidades e quero ajudar", afirmou Rosa, presidente interino entre 28 de Setembro de 2003 e 1 de Outubro de 2005.
Escusando adiantar de onde vem a pressão, Henrique Rosa, 63 anos, natural de Bafatá, 150 quilómetros a Leste de Bissau, referiu que, apesar da disponibilidade, ainda não tomou uma decisão definitiva sobre se a sua candidatura à Presidência Guineense será a melhor forma de ajudar o país.
Sobre os acontecimentos que levaram, no início deste mês, aos assassínios do então presidente João Bernardo "Nino" Vieira e do na altura chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (CEMGFA), general Tagmé Na Waié, Rosa nada comentou, limitando-se a considerá-los uma "tragédia".
De visita privada a Cabo Verde, o ex-presidente guineense foi hoje recebido pelo Chefe de Estado cabo-verdiano, Pedro Pires, "amigo de há muito", com quem falou sobre a situação na Guiné-Bissau.
Henrique Rosa, porém, nada disse sobre se uma eventual sua candidatura à Presidência Guineense foi um dos temas abordados.
Empresário, sem filiação partidária e com ligações profundas à Igreja Católica, Henrique Rosa foi, no passado, entre outras funções, cônsul honorário da Bélgica na Guiné-Bissau e presidiu, em 1994, embora temporariamente, à Comissão Nacional de Eleições (CNE) na altura em que se preparavam as primeiras eleições multipartidárias do país.
Durante a interinidade da sua presidência, a sua acção foi elogiada por toda a comunidade internacional e reconhecida pelos políticos guineenses, que o "acusam" de ter conseguido levar a transição até ao fim, permitindo a realização das legislativas de Março de 2004 e as presidenciais de Julho de 2005.
2 comentários:
é o melhor candidato para a guiné-bissau. íntegro, incorruptível e conhecedor de 'todos os esquemas' do paigc, ele dificilmente estaria ao serviço dos srºs da droga e da corrupção dos palop.
se as eleições forem transparentes (o que implica a interrupção dos finaciamentos ao tal cadogo por... ang) este é o próximo presidente guineense da paz e desenvolvimento.
é necessário antes, se fazer luz sobre quem financiou os ultimos 'apoios ao cadogo'
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