in Notícias Lusófonas
O Brasil apoia o interesse da Guiné-Equatorial em tornar-se membro pleno da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), afirmou hoje o porta-voz da Presidência.
Marcelo Baumbach falava aos jornalistas a respeito do périplo que o presidente Lula da Silva fará a partir de sexta-feira por seis países africanos - Cabo Verde, Guiné-Equatorial, Quénia, Tanzânia, Zâmbia e África do Sul.
Questionado sobre as razões do apoio brasileiro a um país que não fala português e que é alvo de denúncias de violação de direitos humanos por parte de organismos internacionais, o porta-voz presidencial esquivou-se.
“Não me cabe discorrer sobre isso. O que eu posso dizer é que existe sim o apoio do Brasil e o interesse da Guiné-Equatorial”, afirmou Baumbach, acrescentando que não poderia prever se a entrada do país na CPLP como membro pleno será oficializada na Cimeira da Comunidade, em Luanda, a 23 de Julho.
De acordo com o porta-voz, o Brasil propõe que seja criado na Guiné-Equatorial um leitorado de língua portuguesa, “desde que exista uma universidade interessada em receber e em oferecer contrapartidas”.
“Uma vez instalado esse leitorado brasileiro, haveria até condições para a abertura de um centro cultural brasileiro no país”, acrescentou.
Lula da Silva chegará a Malabo na noite de domingo e, no dia seguinte, terá encontro com o presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo e participará num encontro empresarial dos dois países.
O porta-voz disse que o presidente brasileiro “deseja conferir importante impulso político ao processo de conhecimento e aproximação entre o Brasil e a Guiné-Equatorial”.
Este processo foi iniciado com a abertura de embaixadas residentes em 2005, em Brasília, e em 2006, em Malabo. Na avaliação do governo brasileiro, as maiores potencialidades do comércio com a Guiné Equatorial concentram-se nos sectores de gás e petróleo, infraestrutura, construção civil, máquinas e equipamentos agrícolas, material de defesa e aeronaves.
Durante a visita do presidente Lula a Malabo, deverão ser assinados acordos para a cooperação na área de defesa e para a criação de uma Comissão Mista Brasil-Guiné-Equatorial.
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