A saída de Fátima Lopes da SIC para a rival TVI e a saída de João Moutinho do Sporting para o rival FC Porto foram as duas notícias quem mais desiludiram ou criaram novas ilusões em muitos portugueses neste fim-de-semana.
Para muitos é o afirmar de que já nada é sagrado. Para outros é o constatar de que as coisas estão como sempre foram: "o dinheiro faz mover o mundo".
Fátima Lopes sempre foi uma querida para os mais velhinhos e fez companhia em muitas manhãs e tardes a donas de casa ocupadas ou desocupadas nos seus afazeres. João Moutinho era actualmente uma esperança para os sportinguistas (viam nele a esperança num bom encaixe financeiro em tempos tão difíceis pelas bandas de Alvalade) e era sempre tido como o "baixinho" (a sua pequenês fazia-o parecer realmente uma criança), despertando carinho nas hostes verde e brancas.
São dois ícones portugueses que abandonam as suas casas e as trocam por "novas oportunidades" e "passos em frente" na carreira.
Portugal sai reforçado na sua sensatez e refreado na sua loucura.
Fátima Lopes não se transferiu para nenhum canal espanhol, não, ficou cá. Sacrificou-se para se transferir para o canal líder de audiências - a TVI. Moutinho foi coerente (na incoerência), não se transferiu para um qualquer grande da Europa, não, sacrificou-se e, ao invés de ir para Espanha, onde tudo seria mais fácil, assinou pelo FC Porto, demonstrando querer arriscar ser campeão em Portugal (e mostrou dar valor à história: o clube do norte até jáo tinha namoriscado há uns anos...).
Depois de o Governo ter recusado as intenções da Telefónica e demais incursões momentâneas espanholas, estes dois ícones da modernidade pós-europeia portuguesa são hoje símbolos de que Portugal ganhou valor suficiente para que tudo se passe entre paredes, não precisamos de ir para uma Espanha qualquer, ficamos na nossa...
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