A loja da cadeia italiana no Soho tem, em permanência, pelo menos três vendedores que falam português. O objectivo é atrair brasileiros.
Os turistas da maior economia da América do Sul no Brasil “não pestanejam” antes de comprar uma garrafa de vinho por mil dólares, segundo Ana Paula Galvani, que explora uma loja de vinho em Park Avenue.
O maior crescimento dos últimos 15 anos, a subida dos salários e uma divisa que duplicou de valor face ao dólar, desde que Lula assumiu a liderança do governo brasileiro (Junho de 2003), está a aumentar a importância dos consumidores de luxo proveniente do Brasil em Nova Iorque. Daí que a loja da Prada no Soho tenha sempre um mínimo de três vendedores que falem português.
“O Brasil entrou verdadeiramente no meu radar”, diz o sócio da loja Stereo Exchange em Manhattan, que na semana passada vendeu um sistema de som por 100 mil dólares, a um cliente de São Paulo. No Brasil, o número de pessoas com mais de mil milhões de dólares duplicou, desde 2000, para 18 pessoas e é agora o país da América Latina, com o maior número de pessoas tão ricas, segundo a Bloomberg, que cita a Forbes.
Já o número multimilionários no Brasil cresceu 19% em 2009 para 126,8 mil, num país com 193 milhões de pessoas, segundo Boston Consultin Group, citado pela Bloomberg.
A estilista de moda brasileira, Patrícia de Azevedo Camargo Araújo, vai regularmente a Nova Iorque comprar artigos de luxo, segundo a Bloomberg que a encontrou a fazer comprar em na loja da Prada na Bradway, com as duas filhas e o marido.
“Nas nossas viagens focamo-nos no luxo”, disse à Bloomberg. “Temos melhor acesso fora do Brasil”, uma vez que as lojas de Nova Iorque oferecem maior variedade do que a disponível no Brasil, explicou.
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