A ministra da Justiça Timorense, Lúcia Lobato, garantiu que se "vai assistir a um belo drama quando a verdade - sobre acusações de corrupção feitas pela Fretilin - vier ao de cima".
Citada hoje pelo jornal Semanário, de Díli, Lúcia Lobato afirma que "haverá um belo drama quando a investigação se tornar pública e for feita justiça, e se souber quem praticou corrupção, se a ministra - aludindo a si própria -, ou ex-membros do governo pertencentes à Fretilin", o maior partido no parlamento, mas na oposição ao governo de coligação de Xanana Gusmão.
"É função da oposição denunciar casos de corrupção no Parlamento Nacional, mas peço que quando se pronunciar o faça de forma construtiva", frisou.
Esta declarações surgem depois de Mari Alkatiri ter acusado o Ministério Finanças (MF) de Timor-Leste de corrupção.
O líder da Fretilin, o partido com maior representação parlamentar, na oposição à coligação governamental, garantiu hoje que o MF está no centro dos escândalos de corrupção no país.
"Quando o Ministério da Finanças se constipa, todos os outros ficam doentes", ironizou, em declarações na sala da bancada parlamentar da Fretilin.
"Os outros - acrescentou - são sobretudo os da Justiça (Lúcia Lobato), Infra-estruturas (Pedro Lay da Silva) e Turismo, Comércio e Indústria (Gil da Costa Alves)".
[A estabilidade política, tão essencial num país que atravessa tantas dificuldades e está perante tantos desafios, continua a não ser, infelizmente, uma realidade em Timor-Leste.
O muçulmano Mari Alkatiri, figura importante da resistência no exterior, nunca se impôs como consensual. Contudo, nas últimas legislativas a legitimidade das urnas davam-no como putativo Primeiro Ministro de Timor, não fosse a aliança do CNRT e de outros partidos, com base não se sabe bem em que interesses... Demonstrando uma revolta bastante visível em todas as suas atitudes políticas, Alkatiri tem sido, actualmente, sinónimo de constantes polémicas. E as polémicas interessam a quem?]
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