A presidência da Guiné-Bissau recebeu hoje quatro viaturas oferecidas pelo presidente do Senegal ao seu homólogo guineense, Malam Bacai Sanhá, no quadro do reforço das relações entre os dois países, declarou o embaixador senegalês no momento da entrega dos carros.
O embaixador Mamadu Niang entregou ao director do gabinete do presidente guineense, Alberto Batista Lopes, as chaves de dois automóveis de luxo (um Lexus e um Volswagen Passat) e de dois autocarros de 45 lugares cada.
"Estas viaturas simbolizam os laços de amizade e fraternidade que unem os povos e governos do Senegal e da Guiné-Bissau", defendeu o embaixador Mamadu Niang, decano dos diplomatas acreditados em Bissau.
Por seu turno, o director do gabinete do presidente guineense, Alberto Lopes, disse que, em nome de Malam Bacai Sanhá, a presidência da Guiné-Bissau "agradece mais este apoio" do Senegal, país com o qual, disse, "existem excelentes laços de amizade e cooperação".
As quatro viaturas ficarão afectas aos serviços da presidência guineense.
Na semana passada, o presidente do Senegal entregou ao seu homólogo guineense 100 toneladas de açúcar, produto que não existe à venda na Guiné-Bissau.
Também recentemente, a presidência guineense recebeu 20 automóveis do Irão , que o presidente Malam Bacai Sanhá distribuiu para alguns veteranos da guerra pela independência do país.
[Nesta gentil oferta aos designados "veteranos da guerra pela independência" está explícita a rede de interesses em que os militares guineenses põem e dispõem e são tratados nas palminhas das mãos, não vão alguns aborrecer-se e matar alguém... As viaturas iraniana são distribuídas sem critério concreto, em que a palavra "veteranos" parece legitimar tudo, algo que a idade dos premiados não deveria desmentir. Não chegaram a apelidá-los de "heróis nacionais". Já não foi mau...
Parece também haver outros contornos interessantes na oferta persa. Das duas uma: ou os carros sobravam no Irão e resolveram doá-los a países amigos e com maiores necessidades automobilísticas - e aí surge a Guiné-Bissau - ou a oferta (não haveria mais nada que interessasse ao povo guineense?) foi a pedido das autoridades do país africano, com o objectivo de premiar essa clique que se alimenta do depauperado erário público e muito tem contribuído para a instabilidade e desgoverno geral do so-called "país".]
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