O governo de Cabo Verde solicitou um parecer à Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) sobre a instalação no arquipélago de uma microcentral nuclear pela empresa russa Rosenergoatom.
Em Junho, a empresa Rosenergoatom enviou representantes a Cabo Verde para apresentarem o seu sistema de produção electrotérmica por via nuclear. O ministro da Economia, Crescimento e Competitividade, José Brito, esclareceu que Cabo Verde só avança com o projecto se se tiver a certeza de que se trata de um "sistema seguro" e bom para o país, por ser, do ponto de vista financeiro, uma proposta aliciante.
O governante cabo-verdiano considerou que, diante da alta crescente do preço do petróleo, a energia nuclear pode ser "a solução para o futuro", sobretudo para um país como Cabo Verde totalmente dependente da importação de produtos petrolíferos. A empresa russa propõe a instalação de uma unidade, alojada numa embarcação que, ancorada num porto, forneceria energia para a rede da empresa cabo-verdiana de electricidade e água para abastecer as ilhas de Santiago e Maio. Para a instalação dessa microcentral, o país não iria investir nada em termos de infra-estruturas, tendo apenas o compromisso de comprar a energia produzida por essa microcentral, a um preço altamente vantajoso. O lixo atómico produzido "seria depois enviado para a Rússia para ser tratado" (!?), disse José Brito.
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