Admito que não conheço muito bem o Museu Nacional de Arte Antiga (MNA). Se admitirmos como premissa que lá ter ido uma vez é pouco, é verdade que não conhecerei muito bem o mais importante museu nacional do país. Contudo, o meu baptismo deu-se aquando da exposição "De Fra Angélico a Bonnard", da Fundação Rau, que colocou Portugal na rota de exposições internacionais a sério. Justifico o "a sério": exposições como as do Museu do Louvre, do British Museum, do Rijksmuseum ou do Museu do Vaticano. E esses museus eu conheço todos, não digo que bem, porque isso implicava meses de visita, mas conhecerei pelo menos "en passant".
Dalila Rodrigues, que não conheço de parte alguma e que teria todo o prazer em conhecer pessoalmente, deu-me uma das poucas alegrias culturais que me recordo nos últimos tempos. Não é que noutros museus do país não haja, de quando em vez, exposições de grande nível. Mas se me perguntarem onde vi qualidade, dedicação, empenho e vontade de cativar o visitante, respondo que vi isto tudo no nosso MNA.
E em jeito de comentário final: que dizer da pequena "revolução" que esta brilhante directora levou a cabo no MNA, dando ao exemplo maior da nossa pintura, os Painéis de São Vicente, um destaque expositivo de que ningém nunca se lembrara?
Pois... coisas tão óbvias mas...
Parabéns Dalila Rodrigues.
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