O ministro canadiano dos Negócios Estrangeiros afirmou hoje que o seu país não se sente ameaçado por a Rússia colocar uma bandeira no Oceano Ártico, para reclamar a posse de uma zona no Pólo Norte.
Otava, que também reclama esse território, entende que não existem dúvidas sobre a "soberania canadiana no Ártico", sublinhou o ministro Peter MacKay.
"Está consignado há muito tempo que essas águas são canadianas e que este [território] é propriedade do Canadá. Não estamos no século XV, não se pode ir pelo mundo colocar uma bandeira e dizer: Reclamamos este território", acrescentou.
Uma expedição russa utilizou um mini-submarino para implantar hoje uma bandeira nacional, num acto que simboliza o seu direito a uma zona rica de petróleo e gás no Ártico.
A bandeira russa, cujo estandarte foi feito em titânio anti-ferrugem, foi colocada a 4.261 metros de profundidade nas águas daquele Oceano.
A colocação da bandeira russa na região segue-se às pretensões anunciadas por Vladimir Putin, de que a Rússia deve assegurar, com urgência, os seus "interesses estratégicos, económnicos, científicos e de defesa no Ártico".
Não alheio ao interesse em torno desta zona geográfica estão as previsões constantes de um relatório geológico norte-americano, segundo as quais 25% das reservas mundiais de petróleo e gás ainda inexploradas estão na Bacia do Oceano Ártico.
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