Terra natal de Napoleão Bonaparte, talvez o mais famoso dos franceses, a Córsega foi sendo moldada pelas sucessivas invasões e ocupações que sofreu ao longo dos séculos, tendo chegado a mãos francesas em 1769. Hoje é uma das 26 regiões da França, a sua ilha rebelde, onde desde os anos 70 do século XX actua um separatismo e um banditismo que diz operar em nome de uma maior autonomia ou da independência. A Frente de Libertação Nacional da Córsega (FLNC) nasceu como movimento político nacionalista corso que luta clandestinamente e pela violência armada pela independência.
Ao longo do tempo foram-se criando novo movimentos e, nos anos 90, aparecem alas armadas dos movimentos moderados e radicais. Muitos deles extinguiram-se e/ou fundiram-se. FLNC-Canal Histórico, FLNC-Canal Habitual, FLNC-União dos Combatentes, FLNC do 22 de Outubro, são apenas alguns exemplos. A resposta firme do Governo francês sempre garantiu a simpatia da população corsa pelos separatistas. Mas a partir do final dos anos 90 isso veio alterar-se com o assassínio do presidente da câmara Claude Érignac. Muitos corsos começaram a deixar de confiar nos separatistas - que chegaram a actuar em sítios como Bordeús, por exemplo, onde fizeram explodir uma bomba contra o escritório do presidente da câmara e primeiro-ministro francês Alain Juppé. Após a rejeição de planos de autonomia apresentados por Paris e perante um crescente banditismo, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse que os autores dos atentados à bomba "desfiguram a Córsega". Numa visita recente a Porto Vecchio manifestou-se disposto a dialogar com os nacionalistas "de cada destapada".
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