China pode representar 20% ou 30% da carga do porto de Sines em 2009.
Portugal quer que parte do forte crescimento do comércio internacional da China com destino à Europa comece a passar pelos portos nacionais. A estimativa é a de que o tráfego com a China, que actualmente representa menos de 2% do tráfego dos portos portugueses, passe para 10% no horizonte de 2009. A meta será alcançável apenas com contratos com as duas principais companhias de navegação chinesas, a China Shipping e a Cosco, ambas de capital público, que são respectivamente a sexta e a sétima companhias mundiais de transporte de contentores.
Em visita à China, a secretária de Estado dos Transportes acredita que os portos nacionais, apesar da menor dimensão, são já competitivos em custos e têm vantagens na sua localização geográfica. Actualmente, estas empresas utilizam preferencialmente os portos do Centro da Europa, como Roterdão e Antuérpia, e, perto de Portugal, Valência. Este trabalho terá sido iniciado com a visita do primeiro-ministro português à China em Fevereiro. Para abrir as portas a contactos empresariais, sobretudo onde as grandes empresas ainda são controladas pelo Estado, foi assinado um memorando de entendimento com o Governo chinês para a cooperação entre os dois países na área dos transportes.
O porto de Sines, pela sua localização e por ser de águas profundas, será o principal beneficiário deste tráfego, pela forte presença da concessionária do Terminal 21 na Ásia, a operadora do porto de Singapura, PSA. Segundo as estimativas do Governo português, o tráfego com origem e destino na China poderá representar 13% a 20% da carga do Porto de Sines em 2009, com 3,6 a 5,4 milhões de toneladas. Fora do sector portuário, também estão previstos contactos bilaterais entre a gestora de parques industriais da AICEP (ex-API) com o fabricante automóvel chinês Gelis que já esteve em Portugal a estudar a instalação de uma unidade em Sines ou Setúbal.
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