O governo moçambicano deverá boicotar a próxima Cimeira UE-África em Dezembro, se o Presidente zimbabueano, Robert Mugabe, não for convidado, seguindo uma posição recentemente tomada pela Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), disse hoje fonte governamental.
Num primeiro pronunciamento oficial do governo de Moçambique, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Eduardo Koloma, disse hoje que a posição assumida pela presidência da SADC reflecte as ideias concertadas pelos Estados membros da organização.
"Não se deve ficar à espera de uma posição de Moçambique (para este assunto), pois Moçambique está situado numa região. A posição de Moçambique é a mesma da SADC", disse Koloma. Segundo o governante moçambicano, "não deve haver exclusão de nenhum dos países" da UE/África na II Cimeira intercontinental, marcada para 8 e 9 de Dezembro em Lisboa, uma das principais prioridades da actual presidência portuguesa da UE que termina no final do ano.
Recentemente, o ex-Presidente Joaquim Chissano considerou desejável uma participação de Mugabe na Cimeira UE/África para falar dos problemas do Zimbabué, afirmando tratar-se de uma oportunidade para os dois continentes discutirem e trocarem "pontos de vista".
Os participantes não vão à Cimeira "para disputas mas para trocar opiniões, para encontrar um terreno de entendimento, e como o encontrar se um dos actores estiver ausente?", perguntou Chissano durante uma visita que efectuou recentemente ao Zimbabué.
Mais um exemplo da reconhecida "solidariedade" entre os países da CPLP...
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