segunda-feira, janeiro 17, 2011

Brisa espera ganhar até 50 contratos na Índia

A Brisa estima ganhar entre 40 a 50 contratos de operação e manutenção de autoestradas na Índia nos próximos cinco anos, com uma receita estimada entre 80 e 100 milhões de euros, num total de quatro mil quilómetros.
O processo de operação e manutenção das concessões, que poderá estar associado à cobrança de portagens, num mercado com cerca de 65 mil quilómetros de autoestradas, avançará no âmbito de uma parceria estabelecida entre a empresa portuguesa e o grupo indiano Feedback Ventures.

Apesar de alguns dos 29 estados indianos não estarem ainda preparados para receber este tipo de infraestruturas, a prioridade desta aliança passa pela “prestação de serviços de qualidade” e pela criação de “uma plataforma tecnológica unificada” aplicável a todas as concessões, afirmou aos jornalistas o presidente da Feedback Ventures, Vinayak Chatterjee.

Queremos um sistema unificado, uma plataforma unificada que reduza os problemas de pagamento e as filas de espera”, disse o responsável, que estima em “um ou dois anos, no máximo”, a implementação da Via Verde naquele país.

O presidente da Brisa, Vasco de Mello, disse aos jornalistas, após a formalização da aliança na sexta-feira em Nova Deli, que a parceria estabelecida "é uma excelente entrada e uma forma de aprofundar o conhecimento do mercado” indiano.

Para Vasco de Mello, "a Índia tem um enorme potencial. Começando agora pela manutenção das autoestradas já existentes, é objetivo da Brisa vir mais tarde participar nos projetos de concessão”.

A Índia é um mercado de uma grande dimensão e disponível num período muito longo”, disse o presidente da concessionária, destacando que “a Índia em si mesmo já é um continente” e, no curto prazo, a Brisa estará concentrada no mercado indiano.
Actualmente com 200 concessões, a Índia “necessita agora de um salto em termos de excelência nas operações”, sublinhou.

A Índia tem hoje 3,2 milhões de quilómetros de rede rodoviária, dos quais dois por cento (65 mil quilómetros) são autoestradas, atualmente concessionadas pelo governo indiano, que estabelece uma média diária de construção de 20 quilómetros por dia, com uma circulação média de 40% do tráfego indiano.


As expetativas apontam para que este mercado de operação e manutenção de infra-estruturas rodoviárias na Índia venha a valer mil milhões de euros em 2016.
O enfoque da joint-venture luso-indiana será a componente tecnológica e inovação, operação e manutenção corrente e, na maioria dos casos, nos trechos de vias portajados apostar no desenvolvimento das portagens já existentes.
A Brisa e a Feedback Ventures assinaram no final de novembro o contrato de constituição da Feedback Brisa Highways, na qual o grupo indiano detém 60% do capital e a concessionária portuguesa 40%.

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