Whats the problem?
Maria João Rodrigues insurgiu-se hoje contra rolo compressor que a Alemanha está a exercer sobre as economias periféricas do euro. Em última análise, avisa, países como Portugal poderão ficar condenados a ser meros fornecedores de mão-de-obra barata e qualificada para alimentar a economia do centro, em especial a alemã.
Rodrigues, antiga ministra do Emprego de António Guterres e conselheira especial da União Europeia, lançou hoje um forte apelo ao Governo português para que rapidamente “mobilize todos os recursos diplomáticos” e os “aliados” de Portugal na União Europeia para combater a corrente “bem organizada” que encara a contenção orçamental e um maior aumento da competitividade à custa da redução dos salários na periferia como a única saída para a actual crise na Zona Euro.
Falando à margem da mesa redonda "Europa 2020: Desafios ao Programa Nacional de Reformas para o Crescimento e o Emprego", que decorre no Centro Cultural de Belém, a actual conselheira especial, designadamente da Comissão Europeia de Durão Barroso, disse acreditar ser ainda possível “endireitar o barco” e evitar que nas cimeiras decisivas, marcadas para 11 e 24 de Março, Berlim consiga ver aprovado seu “Pacto para a Competitividade” tal como está e, simultaneamente, para que se dê luz verde a um reforço e uma flexibilização do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).
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