No dia em que Grã-Bretanha e Argentina assinalam os 25 anos dos combates pelas ilhas do Atlântico Sul que Londres chama Falkland e Buenos Aires designa como Malvinas, foi conhecido que o Governo do Presidente Nestor Kirchner desencadeou uma série de iniciativas para fazer valer os direitos do seu país sobre aqueles territórios.
Os media argentinos revelaram nas edições dos últimos dias que Kirchner prossegue uma ofensiva diplomática junto da ONU e do seu secretário-geral, Ban Ki-moon, para que a organização apoie Buenos Aires na intenção de reabrir negociações sobre a soberania das ilhas. Kirchner já deu a entender que os acordos de 1990 com a Grã-Bretanha, reatando as relações diplomáticas entre os dois Estados, poderão ser revistos a qualquer momento.
No final da semana, o Governo argentino anunciou a aplicação de sanções a empresas petrolíferas que têm contratos de exploração nas Falkland. Antes suspendera a cooperação petrolífera com Londres consagrada num acordo de 1995.
No Reino Unido, sondagens divulgadas nos últimos dias indicam que a maioria continua a considerar acertada a decisão da então chefe do Governo Margaret Thatcher de responder militarmente à invasão argentina.
A guerra de há 25 anos iniciou-se com uma operação militar argentina para recuperar o arquipélago ocupado pelos britânicos desde 1833. A junta militar, então no poder em Buenos Aires, utilizou esta questão como pretexto de afirmação regional e para garantir o acesso e o controlo a áreas na vizinhança do arquipélago ricas em hidrocarbonetos.
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