A NIGÉRIA elege amanhã um sucessor de Olusegun Obasanjo, primeiro presidente civil eleito em 1999, que terá por tarefa colocar definitivamente o principal produtor de petróleo da África subsariana nos carris da democracia e do desenvolvimento.
O desafio é tanto mais importante para os 61,5 milhões de eleitores quanto estes vão ser os actores da primeira transição democrática de um civil para outro civil no país desde a independência, em 1960.
Contudo, a violência continua a fazer parte do quotidiano político nigeriano e o escrutínio de 14 de Abril para eleger os governadores dos 36 estados não constituiu uma excepção a esta tradição: pelo menos, 21 pessoas foram mortas. E durante toda a semana mantiveram-se confrontos entre o exército e militantes islamitas que resultaram em
várias dezenas de mortos. Em 46 anos de história, desde a saída do colonizador britânico, a Nigéria conheceu quase 30 anos de ditaduras militares, que saquearam o país em 384 mil milhões de dólares desde 1960, segundo números oficiais.
Visto do estrangeiro, este escrutínio é vital para a estabilidade do sexto exportador mundial de petróleo, onde operam as principais multinacionais: Shell, Exxon Mobil, Chevron e Total. Em 2004 quase 10% das importações de petróleo norte-americanas têm origem na Nigéria.
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