segunda-feira, março 15, 2010

De uma vez por todas: O que se passa em Cabinda é uma vergonha !!

Vergonha nacional e internacional!
Nunca o pragmatismo político português foi tão cínico para com os desmandos das autoridades angolanas naquela região outrora portuguesa.

Portanto, a ideia é: "Petróleo ou dinheiro fresco... em troca de tudo o resto".
Não é que o Governo português não tenha aprendido com os melhores: americanos e outros já têm esta praxis há várias dezenas de anos. Contudo, desde a "emoção" com o caso de Timor que parecia que Portugal e os portugueses tinham alcançado uma certa legitimidade para falar acerca de massacres e calamidades que se passavam pelo mundo fora. Parecia... Tirando honrosas excepções, poucos em Portugal se importam com o que se passa actualmente no protectorado de Cabinda.
E qual é a opinião dos já anunciados candidatos presidenciais portugueses acerca deste assunto? Que convicções, têm acerca do assunto? Têm alguma?
É triste...

Entretanto, o Padre Raul Tati, detido sem culpa formada (em Angola e noutras democracias que tal é assim...), recebe ajuda da Igreja Metodista.
Um grupo da Igreja Metodista em Cabinda, aplica-se em prestar ajuda ao antigo Vigario geral do Enclave, que se encontra detido na prisão do Yabe por suposto crime contra a segurança de Estado. O apoio dos religiosos, dirigido pelo Pastor Fábio destina-se a pregar em prol do padre católico e levar-lhe mantimentos que ele por sua vez distribui a outros prisioneiros. A Igreja Católica ao qual o padre pertence é tida como ausente quanto às prisões que ocorreram naquela província e que resultou na detenção do seu sacerdote e de outros activistas dos direitos humanos. Dom Filomeno Vieira Dias, Bispo de Cabinda, chegou a visitar o padre por duas vezes, o que corresponde a um número bastante reduzido comparado com o papel que os protestante prestam, em favor dos encarcerados naquela província.
"Já estive com o padre. Esperamos que as coisas se esclareçam o quanto antes e que ele possa sair ilibado da acusação que lhe é posta. Estamos a acompanhar o caso, vemos isto com certa preocupação e esperamos que tudo se resolva da melhor forma e o padre possa estar no convívio do dia a dia", disse em Janeiro D. Filomeno Vieira Dias, numa curta declaração telefónica a partir de Cabinda.

De acordo com um observador no terreno, a rotina do padre é considerada “normal”. Embora esteja fisicamente magro, devido à situação corrente, Raul Tati é descrito como estando moralmente forte no que diz respeito às suas convicções. Está com a barba e o cabelo grandes semelhante a imagem de Jesus Cristo. Segundo o observador, quando o padre é aconselhado pelos prisioneiros a cortar responde que esta sua forma de estar, é a “força da sua resistência”. O mesmo ocupa a cela 18, onde no passado esteve Fernando Lelo (Belchior Tati, cela 14, Francisco Luemba cela 12). Apenas vê os outros “colegas” quando é hora de os detidos apanharem sol no pátio da cadeia. De quando em vez, passa o tempo a ler jornais privados que lhe são enviados por pessoas próximas. Em alguns casos, a entrada dos semanários é vetada pelo reeducador da prisão, identificado por "Alexandre". As condições da unidade prisional de Cabinda dirigida pelo “chefe” Januario “Cúcú” são tidas como poucas “dignas”.

Os presos têm pedido assistência, a fim de se ajudar um dos dois camponeses que foi atingido nas nádegas ao ser confundido com um guerrilheiro da FLEC, horas depois do ataque contra a seleção de jogadores do Togo em Massadi, por altura do CAN 2010 realizado em Angola.
Fonte: Club-k

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