O programa Harvard Medical School (HMS) vai financiar investigações lideradas por portugueses sobre a malária, o cancro ou a monitorização do desenvolvimento fetal.
Há ainda instituições premiadas com bolsas que serão usadas em acções de divulgação da comunidade científica junto da população em geral, abordando temas como o cancro ou as doenças respiratórias. A parceria entre o Governo português e a universidade norte-americana, que foi formalizada no ano passado com um investimento total de 42 milhões de euros, vai começar a dar frutos. Segundo Carmo Fonseca, uma das directoras executivas do programa, o concurso para financiamento contou com mais de 38 candidaturas. Diogo Ayres de Campos, da Faculdade de Medicina do Porto (FMUP), foi um dos investigadores "premiados" pelo júri da HMS com um projecto que quer melhorar a capacidade de decisão médica relativamente ao desenvolvimento fetal nos últimos períodos da gravidez, através de uma monitorização mais precisa do ritmo cardíaco.
Mónica Dias, do Instituto Gulbenkian de Ciência (Oeiras), vai aplicar os conhecimentos adquiridos nos mecanismos de divisão das células num tipo de cancro do esófago. Maria Mota, do Instituto de Medicina Molecular (Lisboa), terá a oportunidade de explorar novos compostos com vista a novos medicamentos para tratar a malária. Todos os projectos vão durar três anos e recebem cerca de 900 mil euros. Além dos projectos de investigação na área da Medicina, está previsto ainda um programa de treino em investigação clínica para médicos, workshops e um programa de apoio para a divulgação dos resultados da investigação médica ao público. Neste campo, a FMUP foi mais uma vez premiada pelo programa Harvard com 200 mil euros para desenvolver conteúdos e ferramentas, numa plataforma web, sobre vários aspectos das doenças crónicas das vias aéreas, tais como a asma, doença pulmonar obstrutiva crónica, rinite, sinusite e enfisema, entre outras.
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