Jornal santomense dá conta de compra de votos porta a porta.
Manuel Pinto da Costa, o candidato vencedor da primeira volta das eleições presidenciais em São Tomé e Príncipe, apelou ontem ao procurador-geral, num discurso público, para que seja aberta uma investigação sobre "a origem do dinheiro e quem assinou as ordens de levantamento de tão exorbitante quantia". A quantia refere-se a 2,5 milhões de dólares levantados dos bancos santomenses na sexta-feira e que deixou o sistema bancário com problemas de liquidez.
O jornal santomense "Téla Nón" avançou na segunda-feira que o levantamento foi feito pelo "financiador de uma das candidaturas às eleições de domingo", o que aumenta as suspeitas de que o dinheiro estivesse destinado a comprar votos antes das eleições, o popularmente chamado "banho".
Para o ex-presidente Pinto da Costa, o mais votado na primeira volta com 35,8%, não se consegue "encontrar qualquer justificação razoável para que tal tenha acontecido a tão poucas horas do acto eleitoral". Para o candidato independente, um inquérito ao sucedido servirá para "afastar qualquer tipo de suspeição que ponha em causa a transparência da democracia" de São Tomé e assegurar "um clima de tranquilidade necessário para que a segunda volta decorra de forma livre e transparente".
Evaristo Carvalho, adversário que na segunda volta a 7 de Agosto obteve 21,8% e candidato do partido do governo não quis prestar declarações. O primeiro-ministro, Patrice Trovoada, prometeu uma declaraçãões para mais tarde.
[Eu não tinha dito que Pinto da Costa estava à espera que a vitória fosse "favas contadas"?]
Sem comentários:
Enviar um comentário