A maior parte das elites políticas da Guiné-Bissau estiveram envolvidas nos crimes cometidos nos últimos anos no país. Esta acusação foi feita pelo ministro das Relações Exteriores de Angola, George Chikoti, no decurso de uma apresentação realizada na Chatam House, um ‘think tank’ inglês. Tratam-se de crimes que devem ser investigados “numa fase posterior”, logo que esteja concluído o programa de reestruturação das Forças Armadas guineenses, defendeu o governante angolano. O maior desafio na Guiné-Bissau é combater a “impunidade” acrescentou Chikoti.
O ministro das Relações Exteriores de Angola revelou que o seu país já investiu 100 milhões de dólares num programa de reestruturação das Forças Armadas da Guiné-Bissau, o qual inclui a presença de militares angolanos naquele país e a reconstrução de quartéis do exército guineense.
Chikoti calcula que sejam necessários mais 45 milhões de dólares para constituir um fundo de pensões para os militares guineenses e proceder à desmobilização de efectivos. “O exército na Guiné-Bissau é baseado em etnias. Os novos pressupostos em que terá de funcionar serão o de um exército nacional, formado por pessoas de todos os grupos étnicos” sustentou, adiantando que Portugal, Angola e o Brasil, têm contribuído para este esforço.
George Chikoti apelou ainda a um empenhamento urgente da comunidade internacional na resolução dos problemas da Guiné-Bissau, de forma a contribuir para a construção de um “ambiente democrático” naquele país.
A Guiné-Bissau vai escolher um novo presidente da República a 18 de Março, depois da morte do anterior chefe de Estado, Malam Bacai Sanha, a 9 de Janeiro.
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