segunda-feira, maio 14, 2012

Cavaco Silva inicia sábado viagem de dez dias a Timor-Leste, Indonésia, Austrália e Singapura


O Presidente da República inicia no sábado uma viagem de dez dias, que arranca em Timor-Leste por ocasião dos 10 anos da independência deste território e prossegue com deslocações à Indonésia, Austrália e Singapura.
A participação de Cavaco Silva nas cerimónias de tomada de posse do novo Presidente da República Democrática de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, e no 10.º aniversário da independência deste território são consideradas por fonte da Presidência da República o momento mais político e simbólico de toda a deslocação, provavelmente a mais importante do chefe de Estado em 2012.
"É uma viagem cheia de significado, que já esteve prevista no passado mas nunca se concretizou. É uma feliz coincidência que ocorra nos 10 anos da independência", sublinhou a mesma fonte, num briefing com jornalistas, no Palácio de Belém.

A acompanhar o Presidente da República em Timor-Leste estará o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, o secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Cavasanova de Almeida, e também o ex-Presidente da República Ramalho Eanes.
Questionada se foram convidados por Belém para participar nas cerimónias oficiais em Timor-Leste outros antigos chefes de Estado, fonte da Presidência da República respondeu que "foram dirigidos convites a todos os ex-chefes de Estado", mas que "por razões diversas" apenas Ramalho Eanes aceitou o convite.

Em Timor-Leste, onde permanecerá entre os dias 19 e 22 de Maio, Cavaco Silva terá encontros com o ainda Presidente da República Ramos Horta, assiste à posse do novo chefe de Estado, Taur Matan Ruak, e realiza uma visita de Estado ao território já acompanhado do novo Presidente.
Além dos contactos oficiais próprios das visitas de Estado – que incluem audiências com o primeiro-ministro Xanana Gusmão e o líder da oposição Mari Alkatiri -, Cavaco Silva presidirá ainda à cerimónia de inauguração do Arquivo e Museu da Resistência timorense, um momento de "grande simbolismo", uma vez que o espólio foi reunido com um grande "esforço português".
O outro momento simbólico da deslocação a Timor-Leste será a visita à Feira do Livro de Díli, cujo tema é a língua portuguesa, e onde será lançado um dicionário português-indonésio. Nesse mesmo dia, o chefe de Estado, também comandante supremo das Forças Armadas, participa na cerimónia de imposição de medalhas das Nações Unidas ao Contingente Sub-Agrupamento Bravo da GNR.

Ainda no dia 22, Cavaco Silva parte para a Indonésia, naquela que é a primeira visita de Estado de um presidente português a este país, retribuindo desta forma, mais de 50 anos depois, uma visita a Portugal do antigo Presidente da República indonésio Sukarno, nos anos 60.
Além da importância histórica, a deslocação à Indonésia decorre sob o signo económico, já que este mercado de mais de cem milhões de habitantes é visto pela Presidência da República como "uma enorme oportunidade" para as empresas portuguesas.
Já o objectivo da deslocação a Austrália, que se inicia no dia 24, é outro: contactar com as comunidades portuguesas em Sidney e Camberra, uma visita oficial em que Cavaco Silva estará acompanhado pelo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário.

O último ponto da viagem do Presidente da República é uma visita oficial a Singapura, novamente marcada pelo interesse económico neste mercado, nomeadamente na área do mar – neste âmbito será assinado um memorando de entendimento entre a Universidade Nova de Lisboa e a National University of Singapore - e dos portos.
Tal como na Indonésia, será organizado um fórum empresarial, que contará, em Singapura com a presença do ministro da Economia Álvaro Santos Pereira.

Durante as visitas de Estado, Cavaco Silva está acompanhado por uma delegação parlamentar e, na visita oficial à Austrália, por deputados eleitos pelo círculo Fora da Europa.
Cavaco Silva regressa a Portugal a 29 de Maio.

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