O «pai do nacionalismo» na Casamança, Augustin Diamacoune Senghor, fundador do Movimento das Forças Democráticas da Casamança (MFDC) morreu este domingo, 14 de Janeiro, no hospital Val-de-Grace em Paris.
A morte do «pai do nacionalismo» da Casamança pode pôr em risco processo de paz com o Senegal e abre caminho às lutas pela liderança do movimento.
Após prolongada doença o abade Augustin Diamacoune Senghor, de 78 anos, líder carismático do separatismo da Casamança, morreu deixando o MFDC numa situação caótica onde se multiplicam as rivalidades internas militares e políticas.
Augustin Diamacoune Senghor, assinara a 30 de Dezembro de 2004 um «acordo global de paz» que supostamente terminava com o conflito entre o MFDC e o Senegal que durava desde 1982 causando a morte de milhares de pessoas. Porém, as difíceis negociações de paz previstas no acordo foram consecutivamente adiadas para o finai de 2005 e início de 2006, no entanto nunca conseguiu congregar todas as facções armadas no interior do movimento independentista, especialmente a facção de Salif Sadio que prosseguiu com os ataques junto à fronteira gambiana.
A morte de Augustin Diamacoune Senghor reforça a crise da luta pela liderança já patente no seio do MFCD que se intensificou nos últimos anos com a degradação do estado de saúde o «abade rebelde», abrindo uma nova fase de incertezas no processo de paz na Casamança.
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