A Índia continua interessada nos recursos energéticos de Angola, e, depois de a China ter levado a melhor na primeira abordagem, quer colaborar com as empresas chinesas neste e noutros países africanos, defendeu hoje Sidhartha Vardarajan.
O especialista em assuntos internacionais falava à Lusa à margem da conferência "As Políticas Externas da China e da Índia", no âmbito da edição deste ano dos Encontros da Arrábida, da Fundação Oriente, da qual foi um dos oradores convidados.
Para o editor e colunista do International Herald Tribune, está a ser respeitado um acordo tácito de colaboração entre as duas potências asiáticas na procura de recursos energéticos em África, que veio diminuir o potencial de conflito, em relação ao registado no passado, como no caso de Angola.
"Houve um período em que a China e a Índia estavam a concorrer, e Angola foi uma das áreas onde os chineses levaram a melhor, por ofereceram condições mais atraentes para o lado angolano, que as empresas indianas não puderam igualar", disse à Lusa Vardarajan.
Actualmente a Índia promove o "apoio ao desenvolvimento" de projectos industriais conjuntos, como o fabrico de automóveis indianos Tata no Senegal. Neste país vizinho da Guiné-Bissau, adiantou, "a Renault tentou durante anos vender aos senegaleses autocarros a seis ou sete vezes o preço e nunca ofereceu transferência de tecnologia", ao passo que a Tata "criou uma empresa conjunta" [o que deu, de certeza, bons resultados].
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