Os países de expressão portuguesa do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) preparam a criação de um espaço próprio na organização para, entre outros, aumentar o número de funcionários lusófonos, disse hoje o secretário de Estado do Tesouro português.
O objectivo dos países lusófonos membros do BAD é, para além do reforço dos actuais oito quadro lusófonos na organização, que tem mil funcionários, aprofundar a utilização do português, que já é língua oficial, como língua de trabalho, disse à agência Lusa em Xangai o secretário de Estado do Tesouro e Finanças de Portugal, Carlos Costa Pina.
O ministro das Finanças de Angola, José Pedro de Morais, falando à agência Lusa em Xangai, afirmou que "há um forte lobby francês ao nível do banco, outro lobby anglo-saxónico e portanto os países africanos de língua portuguesa acharam que podiam concentrar esforços uma presença mais forte da língua portuguesa". A falta de quadros portugueses no banco, alertou o ministro angolano, reflecte-se em perda de influência dentro da organização, que faz com que o BAD financie menos projectos nos países lusófonos.
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e S. Tomé e Príncipe são os países de língua portuguesa membros do BAD.
"É uma oportunidade para os países lusófonos afirmarem a língua portuguesa como língua de trabalho nesta instituição", considerou o Ministro da Economia e das Finanças guineense, Abubacar Demba Dahaba.
Fundado em 1964, e com sede em Abidjan, capital da Costa do Marfim, o Grupo BAD inclui três instituições (Banco Africano de Desenvolvimento, Fundo para o Desenvolvimento Africano e o Fundo Fiduciário Nigeriano), que têm como objectivo a promoção do desenvolvimento sócio-económico no continente através de empréstimos, investimentos em participação e assistência técnica.
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