Continuamos a acompanhar a perspectiva de independência na Escócia.
Hoje os escoceses poderão eleger um primeiro-ministro independentista na «super quinta-feira» das municipais inglesas e autonómicas escocesas e galesas
Cerca de quarenta milhões de pessoas começaram a votar às 6h TMG (7h em Lisboa) em 312 municípios ingleses, com excepção de Londres - onde se votou no ano passado -, para elegerem os 129 membros do Parlamento escocês e os 60 da Assembleia galesa.
Os escoceses terão eleições locais, já que se votará em 32 autarquias, mas as mais importantes serão as do Parlamento escocês, onde se vão eleger 129 lugares, dos quais 73 correspondem a representantes das circunscrições e 56 são membros das oito regiões em que está dividida a Escócia.
Cada região tem sete representantes em Holyrood, a sede do Parlamento de Edimburgo, que, com os membros das circunscrições, governam durante um período de quatro anos.
Os 129 assentos serão eleitos por voto único transferível, o que coloca a ênfase na proporcionalidade, para evitar o bipartidarismo que se verifica nas eleições gerais para o Parlamento de Westminster (Londres).
Até agora, o Partido Trabalhista era maioritário na Escócia, onde tem 50 lugares e governa em coligação com os liberais democratas (terceira formação britânica).
Ao Partido Trabalhista segue-se o Partido Nacionalista Escocês (SNP), mas todas as sondagens indicam que esta será a organização mais votada hoje ainda que não obtenha a maioria. Para governar na Escócia são necessários 65 lugares no parlamento.
As sondagens publicadas recentemente no Reino Unido indicam que o SNP é o partido mais apoiado pelos escoceses, com percentagens de adesão que vão dos 44 aos 50 por cento.
Se o SNP conseguir formar governo no próximo dia 9 - quando os membros do Parlamento prestarem juramento em Edimburgo - o seu líder, Alex Salmon, já manifestou a intenção de convocar nos próximos quatro anos um referendo sobre a independência da Escócia.
Com excepção da Política Externa, Imigração, Defesa, Segurança Social, Emprego e Segurança Nacional, os restantes poderes estão a cargo do Parlamento de Holyrood.
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