Portugal irá receber brevemente a visita do chefe da diplomacia da Namíbia, Marco Hausiku, e um dos temas da sua deslocação será o achado arqueológico subaquático de uma Nau Portuguesa do Século XVI.
Terminado os trabalhos de resgate dos destroços da Nau Portuguesa naufragada ao largo da Namíbia, as informações recolhidas acerca do espólio e da sua importância histórica irão ser comunicadas em conferência de imprensa, agendada para o Palácio Nacional de Ajuda, no próximo dia 17 Outubro. A Namíbia não ratificou a Convenção Sobre a Protecção do Património Cultural Subaquático, pelo que o espólio encontrado pertence na totalidade àquele país. Questionada se o espólio poderá vir a ser exposto em Portugal, a secretária de Estado da Cultura, preferiu não especular sobre o assunto. "Pensamos que provavelmente haverá condições para que isso possa vir a ser feito, mas não discutimos formalmente com as autoridades namibianas", salientou.
Os destroços da Nau Portuguesa do século XVI foram descobertos em Abril deste ano, durante uma prospecção de diamantes pelo consórcio NAMDEB, formado pelo governo da Namíbia e pela diamantífera sul-africana De Beers. O espólio encontrado nos destroços da Nau inclui: 2.300 peças de ouro pesando cerca de 21 quilogramas; 1,5 quilogramas de moedas de prata num valor de mais de 100 milhões de dólares; objectos de ouro; prata; cobre; marfim; astrolábios; instrumentos de navegação quinhentistas; canhões e respectivas balas. Na equipa de arqueólogos subaquáticos, integraram as operações de resgate, os portugueses Francisco Alves e Miguel Aleluia, a convite do governo namibiano para a participação do estado português, nos trabalhos de salvamento da Nau Portuguesa.
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