A Galeota de D. João VI, embarcação original utilizada pela Família Real Portuguesa para transporte e actos reais, é apresentada hoje no Rio de Janeiro após cinco meses de restauro. Considerada uma das mais importantes relíquias históricas que marcam o período da Monarquia no Brasil, a Galeota Real, actualmente parte do acervo do Espaço Cultural da Marinha.
A cerimónia de apresentação do restauro conta com a presença do ministro da Cultura de Portugal, José António Pinto Ribeiro, e do seu homólogo brasileiro Juca Ferreira. O pequeno barco foi construído na Bahia e chegou ao Rio de Janeiro em 1818 para ser oferecido ao rei D. João VI. A Galeota Real, também denominada como Galeota de D. João VI, é uma pequena galé, um tipo de embarcação movido a remos. Com casco de madeiras nobres e dourado a folha de ouro, tem 24 metros de comprimento. Na popa, possui um camarote forrado de veludo, ricamente decorado, e, na proa, a carranca de um dragão, símbolo da Casa de Bragança.
O trabalho de restauro e redouramento, a cargo da Espírito Santo Cultura entidade ligada ao Grupo Espírito Santo, em Portugal, começou em Junho deste ano. A equipa de restauradores foi composta por técnicos portugueses e brasileiros, reportando a técnicas do século XVIII. A Galeota foi de Salvador rebocado por um navio à vela, para em apenas onze dias, aportar no Rio. Inspirada na Galeota Grande e na Saveira Dourada, que atendiam a Família Real Portuguesa em Lisboa, a Galeota Real foi construída em 1808 por determinação do conde da Ponte, nos estaleiros do Arsenal da Capitania da Bahia em Salvador, para o serviço particular do Príncipe-regente, no contexto da transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821).
Sem comentários:
Enviar um comentário