A independência da Catalunha em relação a Espanha foi defendida pela quase totalidade dos eleitores (94,7%) que votaram em 166 municípios daquela região espanhol anuma consulta não vinculativa, divulgou a Coordenadora Nacional (CN). Dados que segundo a CN das consultas justificam que o parlamento regional convoque um "referendo vinculativo" sobre o tema para 25 de Abril próximo. Os resultados foram divulgados ao final da noite de ontem pela CN que confirmou terem participado cerca de 30% dos 700 mil eleitores que podiam votar nos locais onde foi realizada a consulta.
Ontem, perguntava-se se concordavam que "a nação catalã seja um estado de direito, independente, democrático e social integrado na União Europeia". A consulta foi seguida por 34 observadores internacionais.
Joan Solé Rovira, de 85 anos, foi um dos primeiros eleitores a depositar o seu voto no município de Constantí, Tarragona. Nem a chuva nem o frio detiveram este octagenário que encara esta data como "um dia histórico", porque acredita que a independência da região que considera ser o seu "país está cada vez mais perto". Caminhando com a ajuda de duas bengalas e acompanhado pelo seu genro, Joan Solé, à saída da mesa de voto instalada na Câmara Municipal, o idoso reconheceu que estava "emocionado" por poder "viver esta realidade" que é, no seu entender, "uma revolta popular pacifica". "Nós, os catalães estamos cansados que Madrid mande na Catalunha. Esta votação é uma mensagem que o povo quer mandar aos políticos para que saibam que país queremos e que estamos fartos que nos ignorem", salientou.
Apesar de estar consciente de que a consulta popular não é vinculativa, Solé sentia-se "satisfeito só pelo facto de poder opinar sobre a independência" da região, considerando que a Catalunha tem perdido peso político e económico. "Espanha sempre nos utilizou e enganou, por isso o povo está cansado e vota pela independência", explicou o octagenário, sublinhando que apesar da sua avançada idade já não desfrutará de uma "Catalunha soberana e independente da Espanha".
Por seu lado, o líder da Esquerda Republicana da Catalunha em Tarragona, o independentista Sergi Rios explicou que a visibilidade mediática da consulta vai obrigar que o Estado espanhol "não ignore a vontade do povo catalão".
Apesar de estar consciente de que a consulta popular não é vinculativa, Solé sentia-se "satisfeito só pelo facto de poder opinar sobre a independência" da região, considerando que a Catalunha tem perdido peso político e económico. "Espanha sempre nos utilizou e enganou, por isso o povo está cansado e vota pela independência", explicou o octagenário, sublinhando que apesar da sua avançada idade já não desfrutará de uma "Catalunha soberana e independente da Espanha".
Por seu lado, o líder da Esquerda Republicana da Catalunha em Tarragona, o independentista Sergi Rios explicou que a visibilidade mediática da consulta vai obrigar que o Estado espanhol "não ignore a vontade do povo catalão".
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