O Grupo de contacto (GC) internacional sobre a Guiné Conacri preconizou, domingo em Uagadugu, o envio "de elementos civis e militares" para a Guiné, com a missão de "instaurar um clima de segurança para a população" guineense.
"O GC reitera o seu apelo de 12 de Outubro de 2009, à Comunidade Económica dos Estados da África do Oeste (CEDEAO), para constituir, em consulta com o mediador (o presidente do Burkina Faso, Blaise Compaoré) e a ajuda dos seus parceiros, uma missão internacional de observação", segundo o seu comunicado final.
Esta missão "será composta de elementos civis e militares, que devem contribuir (...) para a instauração de um clima de segurança para a população e a protecção das instituições e principais os actores da transição", precisou.
Esta proposta já teve resposta da junta militar.
Um porta-voz da junta da Guiné Conacri advertiu domingo em Uagadugu que o envio para o seu país de militares estrangeiros será considerado como "uma declaração de guerra".
"Eles (os membros do GC internacional sobre a Guiné) falaram do envio de observadores militares ou de uma força qualquer para o território guineense", declarou perante a imprensa o ministro-secretário permanente do Conselho Nacional para a Democracia e o Desenvolvimento (CNDD, junta), o coronel Moussa Keïta.
"Esta manhã não hesitei, em nome do governo, a dizer a esse grupo de contacto que para nós, governo, o envio de qualquer força estrangeira para solo guineense sem a autorização prévia do governo será considerado como uma infracção à autoridade do Estado e a integridade do território nacional (...), uma declaração de guerra", disse.
[Temos aqui vindo a acompanhar a situação na Guiné Conacri e, das duas uma, ou a CEDEAO intervém, por ter legitimade para isso, tal como o grupo de contacto sugere, tentando pacificar a situação no país ou a situação mantém-se incontrolável. A população está, neste momento, nas mãos de um chefe militar desvairado e que lembra os ditadores africanos de há uns anos atrás.]
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