O BES, através da sua subsidiária de investimento (BESI), alcançou um acordo para a aquisição de uma posição de controlo da sociedade Execution Holdings Limited (Execution Noble - EN), um grupo de banca de investimento internacional com sede em Londres, anunciou a instituição portuguesa num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) sem indicar o valor da transacção.
Nos termos do acordado, o BESI passará a deter uma participação de 50,1% do capital social da visada. A direcção e os quadros superiores do EN continuarão a ser seus accionistas de referência.
Esta parceria "permite ascender a uma posição de liderança internacional na prestação de serviços integrados de banca de Investimento, com uma significativa plataforma de distribuição, e massa crítica em mercados emergentes chave, incluindo Brasil e Índia", explica a informação divulgada à CMVM.
Juntos (BESI e EN) "irão oferecer uma gama completa de serviços financeiros, envolvendo serviços financeiros/fusões e aquisições, mercado de capitais, research, corporate access, corretagem de acções, derivados e renda fixa, corporate broking e execução. O novo grupo incluirá a plataforma de distribuição do EN especializada em produtos de reseguro", complementa o comunicado.
O novo conselho de administração do EN será presidido por José Maria Espírito Santo Ricciardi, sendo Nick Finegold (actualmente presidente do conselho de administração do EN) e Luís Luna Vaz (administrador do BESI responsável pela área de mercado de capitais), os vice-presidentes.
Contexto:
O Execution comprou o Noble Group em Dezembro de 2009 e o novo grupo passou a denominar-se Execution Noble. A aquisição do Noble Group, pequeno-médio especialista em investimento bancário, permitiu incorporar a área de corporate finance às já existentes research, vendas e trading operations do Execution, formando um único banco de investimento. Nick Finegold, fundador do Execution, tornou-se então presidente do grupo.
O Noble foi fundado em 1980 por Sir Iain Noble e pelo seu irmão Tim, dois financeiros escoceses. O negócio lançou dúvidas acerca dos planos do Lloyds Banking Group, que detém 10% do Execution. O novo Execution Noble passou a ter 250 funcionários e operações em Londres, Edimburgo, Paris, Frankfurt, Nova Iorque, Boston, Greenwich no Connecticut, Mumbai e Hong Kong. Londres tornou-se a sede.
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