BRIC acolhem África do Sul e passam a BRICS. O grupo realiza hoje e amanhã uma cimeira na China marcada pela entrada do novo país.
Os agora BRICS passaram a ser cinco. Brasil, Rússia, Índia, China, e África do Sul. O mais recente participante do grupo dos países emergentes uniu-se aos BRIC e acrescentou um “S” no final da sigla.
A cimeira será não só para renovar o empenho em "melhorar" o sistema financeiro e "aumentar influência" dos países emergentes como também para anunciar a entrada de África do Sul.
A África do Sul é um país que vive essencialmente das exportações, em que as principais indústrias são a Mineração, a montagem de automóveis, a metalurgia, máquinas têxteis, ferro, aço, produtos químicos, fertilizantes, alimentos e reparo de navios comerciais.
Em 2008, registou uma taxa de desemprego de 21,7%, e a taxa de inflação anual registada foi de 11,3%. O PIB por sector, dados de 2008, foi de 3,4% no sector da agricultura, de 3,3% no sector da indústria e 65,3% no comércio e serviços.
De acordo com o relatório “Perspectivas Económicas Mundiais” de Abril de 1010 do FMI, o crescimento do PIB de África do Sul estimado para 2010 foi de 2,8% ao ano. O mesmo relatório estimou um crescimento da inflação de 4,3% em 2010. Ainda com base nos mesmos dados, estimou-se um avanço da taxa de desemprego de 24,8% em 2010.
O produto interno bruto do país africano revelado por um relatório da OCDE, de 2008, foi de 493,5 mil milhões de dólares. O produto interno bruto per capita, em 2008, foi de 10.135,97 mil milhões de dólares.
Quanto à desigualdade racial, o Statistics South Africa informou que, em 1995, o agregado familiar médio branco ganhou quatro vezes mais do que uma família média negra.
O Rand Sul-Africano (ZAR), é a moeda emergente mais activamente negociada no mundo. O rand foi a moeda com melhor desempenho contra o dólar americano (USD) entre 2002 e 2005, segundo a Bloomberg Moeda Scorecard.
Na cimeira, os líderes das cinco economias emergentes prometem apoiar "a reforma e melhoria do sistema monetário internacional" e "aumentar a influência" dos países em vias em desenvolvimento no Conselho de Segurança da ONU.
"A crise financeira internacional expôs a inadequação e deficiências do actual sistema monetário e financeiro internacional", afirma a declaração conjunta aprovada na cimeira dos BRICS, na ilha de chinesa de Haian, que juntou os líderes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
As instituições financeiras internacionais, nomeadamente o FMI e o Banco Mundial, "devem reflectir as mudanças na economia mundial e aumentar a voz e representação das economias emergentes e dos países em vias de desenvolvimento", conforme declara o documento assinado por Dilma Rousseff (Brasil), Dmitry Medvedev (Rússia), Manmohan Singh (Índia), Hu Jintao (China) e Jacob Zuma (África do Sul).
Considerando que "a recuperação económica global continua assombrada por muitas incertezas, os cinco países defendem que "as principais economias devem coordenar as suas politicas macroeconómicas para impulsionar um robusto sustentado e equilibras crescimento da economia mundial".
O grupo dos BRICS pretende "intensificar a supervisão e regulação" para "promover um saudável desenvolvimento dos mercados financeiros globais e dos sistemas bancários".
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