quinta-feira, abril 14, 2011

China é a principal opção para investimento em Timor, diz Ramos-Horta

O Presidente timorense, José Ramos-Horta, disse hoje não ver muitas opções de investidores para o país além da China, que possui liquidez que as autoridades de Pequim precisam de aplicar.

"Não me parece que haja muitas opções para Timor-Leste em termos de procura de investidores para além da China, porque a China é que tem uma acumulação de liquidez, de capital que precisa de aplicar", disse Ramos-Horta, em Díli. O Presidente timorense falava à margem de um encontro com empresários de Macau e da República Popular da China que estão de vista a Díli para analisar e apresentar propostas de investimento em diversos setores, como os das infraestruturas, agricultura, pescas e comércio.

Para Ramos-Horta, os "investidores chineses são os mais pioneiros, agressivos e arriscam, ao contrário de potenciais investidores, por exemplo, australianos, europeus ou americanos".
Por outro lado, continuou, a "China é também um vasto mercado que potencialmente pode absorver exportações de Timor-Leste. Por isso, eu vejo a China como, realisticamente, um dos poucos países aqui na região ou no mundo que Timor-Leste pode atrair algum investimento", afirmou.

Ramos-Horta acrescentou que as empresas chinesas, como as do sector da construção, "são das mais competitivas pelo seu custo e a rapidez da execução, a tempo e horas e cada vez com mais qualidade". Na reunião que manteve com os empresários de Macau e da China, numa delegação liderada pelo empresário de Macau Ng Fok, Ramos-Horta explicou as necessidades timorenses, como um novo aeroporto na capital, um novo porto, estradas, escolas, habitação, água e saneamento, num plano a 20 anos que pode ser executado em vários modelos de investimento.

Por um lado, explicou, pode usar-se o conceito de construção, exploração e entrega ao país após um determinado período de exploração do investimento, mas também podem ser usados dinheiros públicos em parceria com privados, investimentos que devem seguir os padrões internacionais e corresponder às necessidades de futuro do país.
A propósito, Ramos-Horta recordou que o sector eléctrico está já em fase de investimento, com uma empresa chinesa responsável pelas torres para a passagem de cabos de distribuição, embora os geradores sejam finlandeses e já preparados para funcionar, agora, a diesel, mas, mais tarde, com recurso ao gás natural do país.

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