segunda-feira, junho 11, 2012

Aicep: Exportações são "verdadeira locomotiva" da economia


O presidente da AICEP, Pedro Reis, afirmou hoje que as exportações de bens aumentaram 9,7% de janeiro a abril, face a igual período de 2011.
"O crescimento das exportações de bens em quase 10% no primeiro quadrimestre do ano é indiscutivelmente uma boa performance, que mostra que as empresas portuguesas estão a resistir ao pessimismo e são a verdadeira locomotiva da economia portuguesa", disse o responsável pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.

Pedro Reis disse também que nos quatro primeiros meses o comércio de bens intracomunitário aumentou 4,3% e as exportações para fora da União Europeia (UE) subiram 26,8% em termos homólogos.

Privatizações: Secretária de Estado do Tesouro inicia segunda-feira visita à China


A secretária de Estado do Tesouro e Finanças, Maria Luís Albuquerque, inicia na segunda-feira uma visita à China, país que mais do que duplicou o investimento no estrangeiro no primeiro trimestre, para 17 mil milhões de euros.

Durante a visita, a governante vai encontrar-se com responsáveis do ministério chinês das finanças e das empresas China Three Gorges e da State Grid, que recentemente se tornaram acionistas da EDP e da REN - Redes Energéticas Nacionais, respectivamente.
Maria Luís Albuquerque será acompanhada por um representante do Instituto de Gestão do Crédito Público, disse fonte diplomática em Pequim.

quarta-feira, junho 06, 2012

Cada aluno do Ensino Superior custou 5841 euros no ano 2010/2011

in JN

Sugere-me um comentário. Urge mudar as regras no ensino superior. Lembro-me bem como as bolsas são atribuidas. Muitos dos que mais tinham era quem recebia as melhores bolsas.

Mas isto é apenas um áparte.

Parece-me perfeitamente lógico que o funcionamento e o financiamento estatal às universidades precisa de alterações.

Não faz sentido que o estado financie universidades tendo em conta o número de alunos, isso promove como vemos a criação de inúmeros cursos que não têm qualquer sentido, variações de nomes e conteúdos mínimos que promovem sabe-se lá o quê.

1 - os cursos deveriam ser organizados em troncos únicos e apenas nos mestrados deverá existir uma maior especialização.

2 - pergunto-me a necessidade da existência de bolsas, quando muitas delas têm como valor total apenas o valor total das propinas. seria muito melhor existir um sistema de isenções para estes casos, poupa sobretudo burocracia e recursos.

3 - Cada curso tem custos muito diferentes por aluno. Uma diferenciação de propinas seria a solução mais justa. A partir desse momento cada um pagaria efectivamente o custo do seu curso. Isso é especialmente visível por exemplo em medicina. Paga o mesmo que um aluno de história e ainda tem emprego garantido.

4 -  Para mim o mínimo denominador comum é simples. Ninguém deverá ficar impedido de tirar um curso por dificuldades financeiras e as bolsas não deverão ser cortadas apenas porque se chumba um ano. Devem ser estabelecidos limites de tempo e mínimos de aproveitamento mas que possam incluir o chumbo que pode sempre acontecer.

terça-feira, junho 05, 2012

Paulo Portas inicia visita de cinco dias aos EUA


O ministro dos Negócios Estrangeiros português inicia hoje uma visita de cinco dias aos Estados Unidos (EUA) para participar nas comemorações do Dia de Portugal e para encontros com políticos e empresários em Boston, Washington e Houston.

A visita arranca hoje em Boston, estado do Massachusetts, com um jantar com empresários, políticos, altos funcionários, lobistas, diretores de museus e bibliotecas e académicos, segundo o programa divulgado hoje pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

Na terça-feira, Paulo Portas toma o pequeno-almoço com o núcleo Luso-Americano da Assembleia Legislativa (State House) de Massachusetts, incluindo os senadores de origem portuguesa Marc Pacheco e Michael Rodrigues e os representantes estaduais António Cabral, John Fernandes, David Vieira, Kevin Aguiar e Viriato de Macedo.

Segue-se a sessão comemorativa do Dia de Portugal na Câmara dos Representantes da Assembleia Legislativa, uma tradição com quase três décadas que anualmente homenageia os portugueses e luso-descendentes que se destacaram.

Portas tem ainda prevista uma reunião com o governador do estado de Massachusetts, Deval Patrick, e uma visita ao Massachusetts Institute of technology (MIT), que desenvolve um programa de cooperação científica com Portugal.
Durante a visita ao MIT, o chefe da diplomacia portuguesa proferirá, para uma plateia de empresários e líderes da comunidade portuguesa, uma palestra sobre "A Perspetiva Portuguesa no Atual Contexto Europeu".
O programa do ministro em Boston termina com um encontro com a direção da Portuguese-American Post-Graduate Society.

Na quarta-feira, já em Washington , Paulo Portas participa numa conferência no European Institute, seguindo-se encontros com o Senador Patrick Toomey, um dos presidentes do grupo "Friends of Portugal", com o porta-voz da Câmara dos Representantes, John Bohener, e com os senadores Jack Reed e John Kerry.
Ao final do dia, depois de um encontro com membros do Portuguese-American Caucus, o MNE português janta com congressistas.

Quinta-feira, em Houston, Texas, o dia é dedicado às questões da energia, com Paulo Portas a participar num almoço de trabalho na sede da empresa EDP Renováveis, seguido de uma visita às instalações.
Segue-se uma palestra no Baker Institute of Public Policy sobre o caso de Portugal no contexto da atual "encruzilhada" europeia.
Na sexta-feira, Paulo Portas participa num pequeno-almoço com membros da comunidade portuguesa de Houston, seguindo-se uma visita à "The Menil Collection" e um debate com empresários da indústria do gás e com membros do Instituto Rice.

Depois de um encontro com o mayor de Houston, Paulo Portas reúne-se com professor Ronald de Pinho e com o responsável pelos Global Academic Programs, Oliver Bogler.

segunda-feira, junho 04, 2012

O maior investimento estrangeiro de sempre em Portugal pode nascer nas minas de Moncorvo

Nestas minas ricas em ferro pode nascer o maio investimento estrangeiro em Portugal

O essencial das negociações entre o Governo e a multinacional anglo-australiana Rio Tinto, para a exploração de ferro nas minas de Moncorvo, no Nordeste do país, está concluída e a assinatura do contrato está prevista para a semana entre 11 e 15 de Junho.

O contrato a assinar, que deverá representar o maior investimento estrangeiro alguma vez realizado em Portugal, assumirá a forma de "concessão experimental". Tecnicamente, a concessão experimental é uma fase intermédia até ao contrato de exploração final, e visa aprofundar o conhecimento do jazigo, que se admite ser um dos maiores da Europa.
A concessão experimental apresenta ainda outra vantagem, que é a de permitir adiar as licenças e os estudos finais de impacte ambiental para a fase em que há certeza absoluta de que a riqueza é compatível com o investimento necessário. Esta concessão intermédia permite, assim, diminuir o risco do investimento, que, tendo como referência outras explorações semelhantes a nível mundial, poderá ultrapassar os mil milhões de euros.

O grosso do investimento no coração de Trás-os-Montes só será feito na fase da concessão definitiva, o que deverá acontecer no prazo de cinco a oito anos. Durante a primeira fase de concessão, já haverá algum investimento, dado que será feita uma grande movimentação de materiais, a pré-concentração do minério à boca da mina e o seu transporte para tratamento definitiva.

Fonte conhecedora do processo disse que os estudos recentes sobre a qualidade do minério "são bastante animadores, apontando para uma mina de classe mundial". Animadora é também a evolução da cotação de ferro nos mercados internacionais, que continua em alta. A impulsionar a exploração está ainda a elevada dependência da Europa em relação a esta matéria-prima, superando os 90%, o que deixa várias indústrias europeias, incluindo a automóvel, na mão de fornecedores internacionais.
O Ministério da Economia (ME) não prestou ainda esclarecimentos sobre este assunto. A última posição oficial do ME sobre este projecto de investimento foi a de que "não comentava negociações em curso".

Dificuldades de escoamento
As negociações arrastam-se há mais de meio ano, por diversas questões, entre as quais os prazos de exploração experimental e o transporte do minério, que envolve quantidades elevadas, sendo uma componente importante para a rentabilização da exploração.

Na questão do transporte, uma das soluções equacionadas, e que está referenciada inclusive na página de Internet da MTI - a empresa de capitais portugueses e estrangeiros que detém a concessão de prospecção e pesquisa das minas de ferro de Moncorvo -, é o transporte fluvial, através do rio Douro.
Esta solução poderá estar afastada, pelo menos numa fase inicial, devido a limitações de navegabilidade do rio, que actualmente não comporta barcos com grande capacidade de carga.

Equacionada e também referida no site da empresa tem sido a construção de um mineroduto, canal de transporte de minério como existe para o gás ou para combustíveis, solução utilizada em vários países. Esta infra-estrutura, que poderia aproveitar parte da rede de auto-estradas, ligaria Moncorvo directamente ao Porto de Aveiro, com capacidade de atracagem de grandes navios de carga se forem realizados investimentos para o desassoreamento do Porto. De acordo com a informação da MTI, esta seria uma solução mais económica, permitindo elevada capacidade de escoamento.

Para já, a solução que poderá garantir o escoamento de minério na fase de exploração experimental será a ferroviária, o que implicará a construção de um troço, na antiga linha ferroviária do Sabor, entre Moncorvo e Pocinho, utilizando depois a já existente, no Douro, até ao Porto de Leixões ou até ao Porto de Aveiro. O Porto de Leixões tem condições de profundidade para a atracagem de grandes navios de carga, mas apresenta algumas limitações de capacidade, numa altura em que o alargamento do Canal do Panamá faz aumentar a navegação desse tipo de barcos no porto nortenho.

Uma soluções discutida no passado para o escoamento de mercadorias do Nordeste para Lisboa/Sines, mas também para Espanha, passava pela construção de uma ligação ferroviária do Pocinho a Vila Franca das Naves, permitindo a ligação à linha ferroviária da Beira Alta.
Durante as negociações entre a Rio Tinto, uma das três maiores mineiras a nível mundial, e o Governo terá sido equacionada a possibilidade de escoamento do minério via Espanha, solução que terá desagradado ao Ministério da Economia.

É de notar que foi o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, que no final de Outubro do ano passado referiu que estava a ser negociado um projecto de investimento estrangeiro que seria o maior alguma vez realizado em Portugal. Poucos dias depois, ficou a saber-se que a negociação envolvia a exploração das minas de Moncorvo e multinacional anglo-australiana, que está presente em mais de 20 países do mundo.

Porquê tanto pessimismo?



Por Camilo Lourenço
in jornaldenegocios.pt

Na semana passada ligaram-me dois jornalistas estrangeiros. O primeiro para perceber o porquê de tanto pessimismo em Portugal. "Como assim?", perguntei.
"O Financial Times elogia as exportações portuguesas, a Moody's diz que há razões para optimismo e vocês não ligaram nenhuma". Na segunda chamada, Fiona Govan, do Daily Telegraph, reportando-se à crónica publicada aqui a 28 de Maio ("Portugal atingiu o ponto de viragem?") queria saber o que está por trás do bom comportamento das exportações e da paz social em Portugal.

É curioso. Olha-se para a Imprensa estrangeira e percebe-se um olhar diferente sobre Portugal; um misto de surpresa e admiração. Surpresa porque as notícias dominantes em entre nós evidenciam um profundo pessimismo (e nem os elogios da insuspeita Moody's, que ainda há pouco tempo nos atirou para o "lixo", mexe connosco). Surpresa por causa da paz social, que nos torna diferentes da Grécia e mesmo de Espanha (onde o Governo parece querer provocar uma corrida aos depósitos…).

É difícil encontrar explicação para tanto pessimismo. É um problema genético (oscilamos entre o "oito e o oitenta")? Ou a análise económica dominante cede a questões ideológicas? Não sei. O que sei é que, apesar da tragédia do desemprego, os indicadores começam a mostrar que, se não houver débacles em Espanha e Grécia, a economia vai recuperar mais cedo do que se pensava. Cortesia da espectacular capacidade de ajustamento de famílias e empresas, sem par na zona Euro.

Isto não tem sido suficientemente analisado (e valorizado) por nós, jornalistas. E a continuar assim se os portugueses quiserem fugir à depressão só consultando a Imprensa estrangeira.

sexta-feira, junho 01, 2012

Volvo Ocean Race: impacto económico triplica investimento



A passagem da Volvo Ocean Race deve gerar um impacto económico de 30 milhões de euros, "duas a três vezes o investimento", segundo Knut Frostad, responsável executivo do evento.
"Em cada stop-over o impacto tem sido nessa ordem e penso que Lisboa está em condições de consegui-lo", afirmou. Frostad adiantou ainda que há um "grande interesse" em que Lisboa possa organizar a prova entre 2014 e 2017. A capital portuguesa está na short list de 33 cidades candidatas e as próximas duas semanas serão decisivas no processo de escolha.

A Race Village foi ontem inaugurada na doca de Pedrouços. Segundo João Lagos, "pelo feedback recebido poderia dizer que estamos muito bem posicionados e penso que dificilmente a Volvo Ocean Race poderá passar sem Portugal nos próximos anos", cita o jornal.

Com dois milhões de euros investidos, a Lagos Sports foi acompanhada pela APL (quatro milhões), Turismo de Portugal (três milhões) e câmaras de Lisboa e Oeiras (um milhão) num total de 10 milhões investidos.

quinta-feira, maio 31, 2012

Nós e os alemães: pobres e mal agradecidos

por Camilo Lourenço
in jornaldenegocios.pt
 
Philipp Röesler, ministro alemão da Economia, veio ontem a Portugal. Com ele veio um conjunto de empresários e a vontade de aumentar as compras a Portugal. Para um país intervencionado, onde até as crianças já conhecem a palavra "exportações", este facto devia ser suficiente para darmos ao assunto muita atenção.

Mas, surprise, surprise, ontem não houve jornal que tivesse posto o assunto em manchete. As opções foram várias, desde as "secretas" à visita dos príncipes das Astúrias…

É difícil entender isto. O relacionamento com Espanha é importante? É. Mas o que é que a visita de Felipe de Bourbon acrescenta à economia portuguesa? Já a viagem de Röesler, que não me lembro de ter visitado outros países intervencionados, tem importância capital. Não apenas porque o ministro está interessado em impulsionar as compras de produtos semi-acabados (oportunamente voltaremos a isto) a Portugal, mas porque na comitiva havia empresários à procura de oportunidades de investimento: temos uma flexibilidade de fazer inveja e os nossos activos estão a preços convidativos.

A importância do investimento alemão pode ser medida por outro factor: a esmagadora maioria das suas empresas criam valor, emprego, não pagam mal e têm produtividade superior à média (reflexo da qualidade da gestão). Mais: com raríssimas excepções, não investem hoje para desinvestir amanhã.

São coisas como esta que deviam merecer a nossa atenção (que melhor prova de confiança num país intervencionado do que as intenções de investimento estrangeiro?). Até para não passarmos para o exterior a ideia de que os alemães estão mais preocupados com o nosso futuro do que nós próprios.

Sines recebe novo gigante dos mares

Acabou de ser construído na Coreia do Sul, é maior que o mosteiro dos Jerónimos e transporta 14 mil TEUS em contentores.

Com mais 65 metros de comprimento que o mosteiro dos Jerónimos, em Belém, o gigantesco navio porta-contentores "MSC Deila", construído na Coreia do Sul, largou os estaleiros em abril e atracou agora no Terminal XXI do Porto de Sines na sua viagem inaugural.
O navio pertence à empresa MSC - Mediterranean Shipping Company e foi incluído no serviço ("Lion Service") de transporte marítimo de contentores, direto e semanal entre o Extremo Oriente e a Europa e fez em Sines a sua primeira escala num porto europeu.
O seu comprimento total é de 365,8 metros, a máxima largura do casco (a "boca" do navio) é de 51,2 metros, e é capaz de transportar uma carga total de contentores de 14 mil TEU (1 TEU é a medida padrão para um contentor de 20 pés). Para operar o "MSC Deila" é necessária uma profundidade até à linha de água (em função do seu "calado") de 16 metros.

O terminal de contentores de Sines, concessionado à PSA de Singapura - um dos maiores operadores mundiais de terminais de contentores - possui uma das melhores condições operacionais entre os portos europeus.
Recentemente, a Administração do Porto de Sines (APS), presidida por Lídia Sequeira, alargou e aprofundou ainda mais o canal de acesso ao cais de contentores, que agora possui uma profundidade máxima de 17,5 metros.

O Terminal XXI também foi recentemente aumentado, prolongando o comprimento do seu cais. A zona de arrumação de contentores também aumentou, tendo sido aterrada (foi ganha ao mar), entre o molhe do cais e a linha de terra.
O terminal XXI também possui o mais moderno equipamento de movimentação de contentores, com mega-gruas e pórticos de última geração cujos braços permitem alcançar tota a largura dos gigantescos porta-contentores, como o "MSC Deila".
No que se refere aos procedimentos administrativos relativos à carga e descarga de contentores, o Terminal XXI de Sines beneficia de um sistema de simplificação de procedimentos e efetua o despacho electrónico de navios e mercadorias - que elimina os tempos de espera nas escalas que estes navios gigantescos fazem nos portos.

TC enganado pela Estradas de Portugal, uma vergonha!

O Tribunal de Contas publicou esta quinta-feira a auditoria sobre o sector o rodoviário.
Os juízes denunciam que o Tribunal de Contas foi enganado para aprovar as novas autoestradas porque o anterior governo escondeu acordos ilegais, feitos com bancos e concessionárias, no valor de 700 milhões de euros.

Segundo o relatório da auditoria, a renegociação dos contratos para a introdução de portagens nas antigas SCUT (vias sem custos para o utilizador) garantiu às concessionárias um "regime de remuneração mais vantajoso".
"A negociação destes contratos, tendo em vista a introdução de portagens reais, veio implicar uma alteração substancial do risco de negócio, garantindo às concessionárias um regime de remuneração mais vantajoso, imune às variações de tráfego, traduzindo-se, na prática, numa melhoria das suas condições de negócio e de rendibilidade acionista em comparação com outras PPP [parcerias público-privadas] rodoviárias (em regime de disponibilidade)", lê-se no mesmo relatório do TC.

Na auditoria ao modelo de gestão, financiamento e regulação do setor rodoviário, o TC salienta que a introdução de portagens nas antigas SCUT não foi antecedida de uma avaliação e quantificação dos custos associados à renegociação dos contratos com as concessionárias e que "afectam diretamente os utentes", como os encargos relativos ao aumento da sinistralidade e aos impactos económicos sociais das regiões afetadas.

Segundo a auditoria, as causas que estiveram na origem da introdução de portagens "prendiam-se, substancialmente, com a necessidade de reduzir o esforço financeiro do Estado nas concessões rodoviárias e com a necessidade de angariar e otimizar o pacote de receitas mercantis da Estradas de Portugal (EP), tendo em vista a exclusão desta empresa do perímetro de consolidação das contas públicas".

O TC afirma ainda que existem, normalmente, "benefícios sombra" em alguns contratos.

Custos de operação inferiores aos estimados inicialmente no caso base (representa a equação financeira com base na qual é efetuada a reposição do reequilíbrio financeiro), devido a reduções de procura ou a adiamentos de planos de manutenção; taxas de inflação reais superiores às previstas no caso base e impostos reais inferiores aos previstos no caso base são exemplos de casos citados pelo tribunal em que podem existir "benefícios sombra".

O tribunal presidido por Guilherme d`Oliveira Martins afirma que as negociações permitiram às concessionárias "uma nova oportunidade de negócio, o da prestação dos serviços de cobrança de portagens, e a resolução de diversos processos de reequilíbrio financeiro que se encontravam pendentes".

terça-feira, maio 29, 2012

Portugal e Qatar assinam acordo sobre transporte aéreo

Portugal e o Qatar assinaram na segunda-feira um acordo sobre transporte aéreo que visa contribuir para o desenvolvimento de serviços aéreos entre os dois países, disse fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros. A ideia é "agilizar a cooperação no domínio aéreo" e dar impulso ao desenvolvimento de serviços regulares entre os dois países

"O Acordo sobre transporte aéreo entre a República Portuguesa e o Estado do Qatar visa agilizar a cooperação no domínio aéreo, constituindo um importante impulso ao desenvolvimento de serviços aéreos regulares entre os dois países".

A mesma fonte adiantou ainda que "as matérias abrangidas incluem segurança aérea, troca de estatísticas, reconhecimento de certificados e licenças, entre outros".
O acordo que foi assinado pelo embaixador de Portugal em Doha e o diretcor da Autoridade da Aviação Civil do Qatar prevê, segundo a fonte do MNE, o incremento "do fluxo de pessoas, bens e serviços com benefícios económicos para os dois estados".

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, visitou o Qatar em dezembro de 2011 onde contactou com empresários portugueses, tendo estabelecido os primeiros contactos com o governo de Doha.

Transportes: Bruxelas quer ligação entre Sines e Madrid


Bruxelas enviou uma carta aos Governos de Portugal e de Espanha a defender a construção de uma linha ferroviária, quanto antes, entre Sines, Lisboa e Madrid, que possa suportar velocidades de pelo menos 200km/H, segundo o El Periodico de Extremadura.

O jornal espanhol refere que a carta, datada de 18 de maio, foi enviada pelo coordenador de Transportes da Comissão Europeia, o italiano Sechhi ao ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira e à ministra do Fomento espanhol, Ana Pastor.
Nessa carta, Sechhi defende a construção da ligação, quanto antes e independentemente se a linha é para comboios convencionais ou de alta velocidade, que una as duas capitais em menos de cinco horas com comboios a 200 km/h. Essa linha suportaria mercadorias de Sines e a CE refere que poderia ser adaptada, a médio prazo, a alta velocidade.

Bruxelas defende ainda a construção de uma ligação entre Évora e a fronteira para garantir uma ligação mais directa do que a actual.

Declarando-se consciente das dificuldades financeiras que atravessa Portugal, Sechhi refere na carta, que uma das hipóteses poderia ser construir uma linha convencional.
Posteriormente, e quando a conjuntura económica melhore, modernizar-se-ia o traçado para aguentar comboios de 250 ou 300 km/h.
Detalhando a sua proposta, Secchi refere que, numa primeira fase, seria construída a plataforma do traçado Évora-Caya com via dupla, com linhas de bitola ibérica (1,666 metros) como os existentes em toda a rede convencional dos dois países.

Esta "seria adaptada a bitola internacional (1,435 metros e usado na maior parte da Europa para a alta velocidade) no futuro", refere. Isso "permitiria garantir de forma relativamente rápida o funcionamento da linha de mercadorias entre Sines e Madrid e, ao mesmo tempo, efetuar a conexão entre Lisboa e Madrid em quatro horas e meia ou cinco com velocidades de 200 km/h".

EDP: privatização foi a 9ª maior transacção do mundo no sector da energia



PricewaterhouseCoopers (PwC) diz que ranking é liderado pela fusão entre as empresas norte-americanas Duke Energy e Progress Energy.

A privatização da EDP, no valor de 2,7 mil milhões de euros, está entre as 10 maiores transações mundiais no sector da energia (foi a 9ª maior transacção), segundo um relatório da consultora PwC.

O "ranking" é liderado pela fusão entre as empresas norte-americanas Duke Energy e Progress Energy, num negócio avaliado em 37,9 mil milhões de dólares (30,2 mil milhões de euros).

Bial investe em Espanha e torna-se uma das "maiores farmacêuticas ibéricas"

A Bial investiu 12 milhões de euros e inaugurou hoje, em Bilbau, Espanha, uma nova unidade de produção e investigação, tornando-se uma "das maiores empresas farmacêuticas ibéricas", afirmou o presidente do grupo Luís Portela.

Para o secretário de Estado do Empreendedorismo e Inovação, Carlos Oliveira, o investimento da Bial em Espanha é "muito importante e positivo" para Portugal, assinalou hoje, em Bilbau.
"Este é um investimento muito importante para o país. Esta internacionalização é fundamental para o desenvolvimento do país", afirmou o secretário de Estado à margem da cerimónia de inauguração da nova unidade de produção e investigação da Bial no Parque Tecnológico da Biscaia. Carlos Oliveira destacou também que "Portugal precisa de empresas exportadoras e que se internacionalizem", como a Bial.

Luís Portela, presidente do grupo, recordou no seu discurso que a empresa foi fundada em 1924 pelo seu avô Álvaro Portela, "tornando-se nas últimas décadas na maior empresa farmacêutica portuguesa".
"Sinto hoje a Bial como uma empresa ibérica, sinto a Bial cada vez mais como uma das maiores empresas farmacêuticas ibéricas", destacou Portela, durante a cerimónia oficial de inauguração da nova unidade produtiva que já se encontra a funcionar desde outubro de 2011.

A inauguração contou com a presença do príncipe das Astúrias.

Portugal tem "grande potencial" turismo de luxo - secretária de Estado do Turismo


A secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, afirmou hoje que Portugal tem "um grande potencial" para crescer no turismo de luxo e que "o segredo" reside na diversificação e na qualidade da prestação de serviços individualizados.

"Portugal tem um grande potencial ao nível do turismo de luxo para captar mercados. Quando se fala de luxo estamos a referir um serviço de qualidade, individualizado e inovador que é prestado ao turista", afirmou a responsável na apresentação do anuário "Turismo em 2012", em Lisboa.

A publicação, da responsabilidade do Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT), realça este ano o turismo de luxo, o segmento que "mais cresce na indústria do turismo em todo o mundo, contrariando o período de recessão que a economia mundial atravessa", referiu o presidente do IPDT, António Jorge Costa.

segunda-feira, maio 28, 2012

Portugal tem muito para oferecer lá fora

As exportações têm sido o grande motor de crescimento económico em Portugal. Mas o segredo já não está em fabricar produtos baratos, porque haverá sempre quem os faça a um custo mais baixo. Na inovação e na diferenciação é que está o ganho.
A cortiça portuguesa é bastante requisitada lá fora. O vinho do Porto é presença em restaurantes e lojas especializadas de todo o mundo. O papel higiénico preto, da Renova, é o favorito de Simon Cowell, produtor de um concurso televisivo de talentos. A mãe e a irmã de Katte Middleton usaram sapatos portugueses no casamento desta com o príncipe William.

Os exemplos são muitos e o Financial Times (FT), numa análise hoje publicada, fala sobre alguns destes produtos que contribuem para impulsionar as exportações portuguesas, numa altura em que a crise da dívida nos chamados países periféricos continua a apertar o cinto de grande parte das suas populações.
Com efeito, já passou um ano desde que Portugal pediu ajuda financeira externa. Para ser elegível ao resgate de 78 mil milhões de euros, o País teve de assinar um memorando com a troika – Comissão Europeia, BCE e FMI – assumindo rígidas medidas de austeridade. Uma das críticas que tem sido feita, especialmente num contexto de aumento do desemprego, prende-se com o facto de ser difícil haver crescimento quando o mercado do crédito está tão apertado, quando os impostos aumentaram e se tornou ainda mais fácil despedir. A resposta, para muitos, está nas exportações. E estas têm sido, de facto, um dos motores da economia portuguesa.

Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística revelaram um aumento de 11,6% das exportações portuguesas no primeiro trimestre de 2012. Uma vez que as importações diminuíram no mesmo período, o défice comercial também registou uma queda.

O FT, na análise assinada por Peter Wise, reforça a ideia de que este aumento das exportações ajuda a melhorar o panorama para Portugal. E que é por aí que devemos continuar a ir.

O que pode Portugal produzir que o resto do mundo queira comprar? (…) O papel higiénico preto, que é o favorito de Simon Cowell, (…) bem como os sapatos usados pela mãe e irmã da noiva no recente casamento do príncipe William com Kate Middleton, estão entre as respostas menos esperadas que os exportadores portugueses poderão dar”, refere o jornal britânico.
O FT falou com vários responsáveis de empresas portuguesas que têm conseguido prosperar por meio de um forte aumento das exportações dos seus produtos. É o caso da empresa de calçado Helsar. O seu fundador, Jorge Correia, diz que nenhum produto sai da sua fábrica sem a etiqueta “Made in Portugal”. “Alguns clientes italianos pedem para colocarmos ‘Made in Italy’, mas nunca o permitirei”, contou ao jornal.

Confrontada com uma queda das vendas no mercado interno, devido à recessão, a Helsar aumentou as vendas para o estrangeiro de 9% há seis anos para cerca de 70% actualmente, tendo os seus sapatos adquirido especial prestígio depois de terem sido encomendados para o casamento real em Inglaterra”, relata o FT. “No mundo do calçado, ‘Made in Portugal’ tem agora praticamente o mesmo peso que ‘Made in Italy’. E nos países em desenvolvimento, como é o caso da China, não há qualquer diferença entre estas duas proveniências”, acrescentou Correia.

Papel higiénico: cor para que te quero?

Um outro exemplo dado pelo FT é o do papel higiénico colorido, criado pela Renova. O preto é um dos favoritos de um célebre produtor de TV e a empresa portuguesa é um exemplo de inovação e de diferenciação que o director de marketing, Luís Saramago, considera essencial para se ganhar quota de mercado no estrangeiro.

Os produtos ‘low cost’ já não são uma opção para Portugal, porque haverá sempre quem consiga fabricá-los a um preço mais baixo”, opinou Saramago ao jornal britânico. Daí que a personalização e a originalidade, por exemplo, sejam apostas que têm vindo a revelar-se, na sua grande maioria, o caminho certo para o crescimento das empresas. E se a clientela escassear dentro de portas, lá fora poderá haver quem queira.

Algo está, decididamente, a mudar. As exportações são o único motor [de crescimento] que temos e existem sinais encorajadores de que os exportadores estão a conseguir marcar presença em novos mercados fora da Europa”, declarou ao FT a economista-chefe do Banco BPI, Cristina Casalinho.

E o mercado pode vir de onde menos se espera. Em 2008, uma responsável dinamarquesa da Carlsberg, descobriu num hipermercado no Algarve os descascadores de alho da empresa portuguesa Silvex e levou um para ser experimentado nos seus laboratórios. Satisfeita com os resultados deste descascador aplicado à cevada, a Carlsberg encomendou mais algumas dezenas de unidades.

sexta-feira, maio 25, 2012

Austrália: Cavaco planta sobreiro em Camberra para promover cortiça



O primeiro dia da visita oficial do Presidente da República (PR) à Austrália foi carregado de simbolismo, com uma visita ao memorial de homenagem aos mortos de guerra e a plantação de um sobreiro, tudo sob temperaturas a rondar os 5 graus.

Em Camberra, onde aterrou na quinta-feira à noite, a manhã de Cavaco Silva começou com a visita ao Australian War Memorial, onde, ao longo de dois grandes corredores, estão inscritos os nomes dos mais de 100.00 australianos mortos em conflitos em todo o mundo, começando com a I Guerra Mundial e estendendo-se até às mais recentes, Iraque e Afeganistão. Milhares de papoilas vermelhas enfeitam essa lista, como símbolo dos conflitos sangrentos onde muitos perderam a vida.

"Por a Austrália ser tão longe, muitas vezes não podemos trazer os nossos mortos, criámos um sítio em que todos os australianos possam tocar nos seus nomes", explicou Mary-Lou Pooley, funcionária do War Memorial, acrescentando que a ideia nasceu de um correspondente de guerra australiano na I Guerra Mundial.

Cavaco Silva depositou uma coroa de flores no memorial e seguiu para o National Arboretum, um parque criado depois de um grande incêndio em 2003 ter destruído milhares de árvores em Camberra.
Desde esse incêndio, cada chefe de Estado ou primeiro-ministro que visita a Austrália planta uma árvore neste parque nacional e Cavaco Silva escolheu o sobreiro.

"Este sobreiro é o símbolo apropriado da minha primeira visita à Austrália porque Portugal é o primeiro produtor mundial de cortiça e a Austrália é um grande produtor de vinho: para bom vinho, é preciso uma boa cortiça, somos uma boa combinação", afirmou o PR.

Com a ajuda da primeira-dama, Maria Cavaco Silva, o chefe de Estado plantou então o sobreiro, sob um vento gélido e baixas temperaturas que contrastam com os mais de 30 graus e a humidade sufocantes que se sentiram nas visitas de Estado que o casal presidencial realizou a Timor-Leste e Indonésia nos últimos dias.

O PR seguiu para um ambiente mais aconchegado, a residência da Governadora-Geral da Austrália, Quentin Bryce, com quem se reuniu e almoçou.
Numa intervenção realizada no almoço, fechada à comunicação social, Cavaco Silva sublinhou os laços longínquos que unem os dois países, lembrando que há relatos da presença de portugueses na Austrália desde o século XVI.

"Nos anos 70 do século XX, muitos portugueses rumaram à Austrália, à procura de um futuro melhor e para participar na construção desta nação. Hoje, a Comunidade Portuguesa na Austrália, que amanhã encontrarei em Sidney, constituída por cerca de 50 mil pessoas, é uma comunidade dinâmica e bem integrada e que pode ser instrumental no reforço das nossas relações bilaterais", destacou.

Cavaco Silva lembrou ainda que Portugal e Austrália são os maiores doadores em Timor, partilham a mesma visão do país, reconhecendo a jovem nação como "um caso de sucesso", e manifestou a expectativa de que aumentem as relações económicas e comerciais bilaterais, por enquanto "modestas".
"Não obstante, encontramos exemplos de empresas portuguesas que são bem-sucedidas na Austrália. Devemos estar atentos a novas oportunidades, em particular de parceria, em regiões e mercados onde empresas australianas e portuguesas estejam presentes", disse.

Após o almoço, Cavaco Silva visitou o Parlamento e reuniu-se com a primeira-ministra australiana, Julia Gilliard, num encontro sem declarações aos jornalistas.
De Camberra, Cavaco Silva segue ao final da tarde para Sidney, onde o programa oficial começa no sábado, com destaque para o encontro com a comunidade portuguesa.

Governo dos Açores aposta no mercado alemão para recuperar quebra provocada por cancelamento de operações turísticas


O Governo dos Açores admitiu hoje um incremento da promoção turística da região na Alemanha para recuperar a redução do número de dormidas que resulta do cancelamento de operações turísticas da Noruega, Finlândia e Polónia.

"Não se substitui um operador de um momento para outro, substitui-se sim por outras iniciativas que podem trazer aproximadamente as mesmas dormidas para os Açores e essa é a nossa expectativa", afirmou Luísa Schanderl, secretária regional da Economia, assegurando que as autoridades regionais estão a "trabalhar afincadamente" para recuperar as dormidas perdidas com o cancelamento das operações naqueles três países do norte da Europa.

Luísa Schanderl reagia a uma estimativa avançada quinta-feira pelo delegado regional da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), Humberto Pavão, segundo a qual o cancelamento das operações turísticas da Noruega, Finlândia e Polónia implicará uma redução de cerca de 100 mil dormidas este ano nos Açores.

Para a secretária regional, "o valor estimável (da redução) é de cerca de 70 mil dormidas", acrescentando que a estratégia para tentar recuperar esta quebra passa por "optimizar toda a promoção que tem sido realizada, nomeadamente na Alemanha, cujo número de turistas está aumentar significativamente".

AICEP vê investimento chinês como «avenida de crescimento e de futuro"


A entrada de capital chinês nas empresas portuguesas abre "uma avenida de crescimento e de futuro", disse hoje em Macau o presidente da AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.
"Portugal dificilmente captaria tanto a atenção da China se não fossem estas oportunidades como foram as das privatizações. E ao entrar capital chinês nas empresas privatizadas permite abrir toda uma avenida de crescimento e de futuro, não só para essas empresas, mas para outros investimentos que vêm por arrastamento", disse, à margem do seminário sobre Oportunidade de Investimento e Cooperação em Portugal.
Pedro Reis considerou que "o programa de privatizações tem corrido muito bem a Portugal" e que "é muito importante, porque assegura o crescimento dessas mesmas empresas que estão a ser privatizadas, atrai investimento externo para Portugal, poupanças e capitais", citando os casos da EDP e da REN como "um excelente exemplo".

Relações Indonésia/Portugal: "A Indonésia tem hoje uma postura amigável para Portugal"



Portugal e a Indonésia fecharam hoje um acordo para estimular as trocas comerciais entre os dois países. Vinte anos depois do massacre de Dili, Pedro Reis, presidente da AICEP, garante que hoje as relações bilaterais são "amigáveis" e vê com bons olhos o gigantesco mercado indonésio.

Esteve com o Presidente nesta visita à Indonésia. É um primeiro passo para uma nova agenda bilateral?
Nós viemos encontrar uma economia pujante, a crescer 3% ao ano. Depois de um período complicado [na altura da invasão a Timor Leste], a Indonésia tem hoje uma postura muito amigável para Portugal. São 250 milhões de habitantes, o equivalente a todo o mercado de lusofonia. É um mercado cada vez mais interessante para as empresas portuguesas.

O que leva destes encontros? E do memorando de entendimento que foi assinado hoje?
A nossa agenda passou sobretudo por aumentar a visibilidade das nossas empresas, mais do que captar investimento externo para Portugal. A Indonésia considera que temos particular competências nas áreas das energias renováveis, engenharia, aeronáutica e defesa, bem como no sector do turismo e da educação. Dentro desse enquadramento, dessas áreas é importante o protocolo que assinámos com o equivalente indonésio da AICEP. Será importante para trocarmos informações e para lançar uma nova fase nas relações bilaterais. A AICEP vai também organizar uma missão de empresários indonésios a Portugal. E o Presidente da República fez o convite ao presidente indonésio para visitar Portugal no próximo ano.

Qual é o atual saldo de investimento? E quais são as previsões para o futuro próximo?
Hoje, as exportações para indonésias representam 13 milhões de euros, enquanto que as importações ascendem a 87 milhões. Quanto ao futuro, esta foi uma viagem exploratória, para percebermos bem o contexto de investimento. A concretização dessa parceria começa agora.

quinta-feira, maio 24, 2012

Gibraltar: Guarda Civil pede proteção militar contra a Royal Navy


A União dos Oficiais da Guarda Civil (UO) pediu hoje a intervenção da Armada espanhola para "defender os interesses de Madrid" em Gibraltar e "fazer frente" às embarcações da Royal Navy, mais bem equipadas do que as espanholas.

Embarcações da Polícia de Gibraltar e da Guarda Civil espanhola viveram na noite de quarta-feira "momentos de tensão" em águas próximas da colónia britânica, quando agentes espanhóis tentaram proteger vários pesqueiros que estavam a ser interceptados pela polícia britânica de Gibraltar.
No incidente, um navio patrulha de Gibraltar chegou a colidir com uma embarcação da Guarda Civil, sem causar danos materiais ou humanos.

Mesmo assim, a UO refere em comunicado que "os recentes incidentes têm um grau de intensidade maior tendo em conta os interesses nacionais. Trata-se da protecção dos nossos pesqueiros e o problema surge quando 'David e Golias' se enfrentam".

A organização recorda que as embarcações da Guarda Civil têm 18 metros e armamento ligeiro e "são insuficientes para se protegerem, em casos extremos", frente a um navio da Armada Inglesa de 70 metros e armamento militar.
"É a mesma coisa que enfrentar um veículo da polícia com dois agentes com pistolas contra uma unidade do Exército equipada com um carro de combate Leopard armado com metralhadora e canhão de 120 milímetros", diz o mesmo comunicado da UO.
Os oficiais espanhóis consideram necessária a intervenção coordenada da Armada para evitar riscos desnecessários.

Gibraltar é um dos últimos territórios ultramarinos britânicos. Em 1704, uma força inglesa apoderou-se do rochedo no sul de Espanha, na baía de Algeciras, e em 1713 o território foi cedido a Londres, no Tratado de Ultrech, como parte do pagamento da Guerra da Sucessão Espanhola.

Gibraltar continua a constituir um diferendo diplomático entre Espanha e o Reino Unido.

Na recente Cimeira da NATO, em Chicago, nos Estados Unidos, o chefe do executivo espanhol e o primeiro-ministro britânico abordaram o assunto e no princípio do mês a Rainha Sofia de Espanha declinou o convite para as cerimónias do Jubileu da Rainha Isabel II, por causa da questão de Gibraltar.

terça-feira, maio 22, 2012

65% dos estrangeiros não conhece as marcas portuguesas

Mais de metade dos estrangeiros não conhece as marcas portuguesas. Mais precisamente 65% dos estrangeiros, diz o estudo Marcas Portuguesas – Como as vemos cá dentro e como são vistas lá fora.


Numa altura em que as exportações são um verdadeiro desígnio nacional, os números trazidos pelo estudo da Millward Brown/Hill+Knowlton Strategies Portugal dão conta de que há muito a fazer na divulgação dos produtos nacionais no mercado externo.

Os números falam por si. Apenas 35% dos estrangeiros inquiridos no exterior dizem conhecer marcas portuguesas, sendo que somente no Brasil (66%), Espanha (64%) e na Polónia (56%) é que o número de pessoas que conhece marcas portuguesas ultrapassa os os que dizem não conhecer. Nos EUA o desconhecimento é ainda maior: 93%.

Fora da área alimentar é reduzido o conhecimentos sobre os produtos e as marcas nacionais, sendo que o vinho é aquele que é mais conhecido. Então que marcas referem os estrangeiros de forma espontânea? TAP, Sagres, Super Bock, Banco Espírito Santo e Azeite Gallo. E ainda área da distribuição Pingo Doce e Grupo Jerónimo Martins. A presença do grupo na Polónia com a cadeia Biedronka talvez contribua para este conhecimento.

Dado positivo para as marcas nacionais é o facto de em 59% dos casos a qualidade das marcas nacionais tivesse ido ao encontro ou ultrapassasse as expectativas dos consumidores.

Para os portugueses a origem portuguesa ainda não é o factor mais determinante: apenas 10% está disposto a pagar mais por marcas nacionais. Para os portugueses a relação qualidade-preço surge ainda é o critério mais importante na hora de decidir o que comprar. Dos cerca de 40% que diz procurar marcas nacionais os frescos, azeite, leite, iogurtes e óleo alimentar são as categorias de produto cuja origem é mais relevante. O azeite (com 9%) é o produto onde a origem nacional é mais importante.

África do Sul, Alemanha, Austrália, Brasil, China, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, França, Grécia, Holanda, Polónia, Portugal e Reino Unido foram os países envolvidos no inquérito.

Computadores Magalhães: Hugo Chavéz aprova nova verba para

 Foi aprovada na Venezuela, uma verba de 175 milhões de euros, para equipar escolas e alunos do quinto e sexto ano com computadores Magalhães, segundo anunciou o presidente Hugo Chávez, durante uma conversa com os membros da Direção do Partido Socialista Unido da Venezuela.

Segundo o presidente venezuelano, esta verba é proveniente dos lucros da empresa estatal Companhia Anónima Telefones da Venezuela, que foi nacionalizada há cinco anos.

Recorde-se que já em 2009 foram entregues na Venezuela cerca de 100 mil portáteis a crianças, sobretudo a crianças do 1.º ao 4.º do primeiro ciclo do ensino básico.

Timor: China enviou mais 13 agentes da polícia ao serviço da ONU

Um grupo de 13 agentes da polícia chinesa partiu hoje para Díli, onde irá integrar a força de manutenção de paz da ONU em Timor-Leste.

É o 17.º grupo do género enviado pela China para Timor desde 2000 e a sua formação incluiu aulas de direito internacional, inglês e primeiros socorros, disse o ministério chinês da Segurança Pública.

Nos últimos 12 anos, a China integrou também missões de manutenção de Paz na Bósnia-Herzegovina, Kosovo, Libéria, Afeganistão, Sudão, Haiti e Sudão do Sul.

sexta-feira, maio 18, 2012

Luís Matos é o primeiro juiz português nomeado para um Supremo Tribunal nos EUA

O luso-americano Luís de Matos é o primeiro natural de Portugal nomeado juiz do Supremo Tribunal de Rhode Island, escolhido pelo governador do Estado pelo seu currículo e "notável reputação" como procurador.

O português natural da Batalha, que reside nos Estados Unidos desde criança, congratula-se pela oportunidade para continuar a "defender o interesse público", seu objetivo desde que saiu da faculdade de direito, e que já o levou ao Departamento de Justiça em Washington, à procuradoria do Estado do Delaware e mais recentemente de volta a Rhode Island, como procurador adjunto.
"O meu estilo [profissional] é trabalhar, espero, com paciência e com humildade. Mas também de tomar decisões que sejam reconhecidas como justas e ter capacidade de decidir", afirma o jurista luso-americano de 47 anos, formado na Universidade de Brown, fluente no português.

Ao anunciar a nomeação de Luís de Matos, o governador Lincoln Chafee destaca o seu "currículo impressionante", que inclui "diversas condenações bem sucedidas em casos de alta notoriedade" e uma "reputação notável na comunidade jurídica de Rhode Island", sendo conhecido como "um homem de elevado carácter e integridade".
"É um candidato altamente qualificado para uma posição importante no Tribunal Supremo", diz Chafee, que também destacou a história pessoal de Matos.
"Emigrando de Portugal para Providence muito novo, Lu foi o primeiro membro da sua família a ter um curso superior", sublinha.

O processo de nomeação contempla ainda uma confirmação pelo Senado de Rhode Island.
Enquanto procurador adjunto em Rhode Island, cargo que ocupa desde 2001, o português destacou-se por conseguir condenações em casos de fraude no sistema de saúde local, crimes de colarinho branco e corrupção em instituições públicas.
Foi distinguido com diversos prémios, nomeadamente o de Integridade (2001 e 2005) atribuído pelo Inspetor-Geral de Saúde.
Segundo Luís de Matos, o antigo juiz-presidente do Tribunal Federal de Rhode Island era o luso-americano Ernest Torres e no passado houve outros juízes luso-americanos no Supremo, mas não eram naturais de Portugal.
O jurista afirma que a sua capacidade de trabalho faz parte da sua herança portuguesa e é uma dívida de gratidão para com a sua família e outros imigrantes que enfrentaram inúmeras "dificuldades e obstáculos".
"Nunca me tenho esquecido que muitos trabalharam para eu chegar onde estou. Se esta nomeação tiver conclusão positiva, tenho o senso do que é trabalhar, sacrificar-me, e acho que isso me ajuda", diz.

Nos últimos anos, afirma, os luso-americanos, que uma das maiores comunidades de Rhode Island, vão ocupando cargos cada vez mais altos no Estado, nomeadamente no Senado, onde a presidente é Teresa Paiva-Weed e o presidente do comité de finanças Daniel da Ponte.
"As nossas famílias e quem veio antes de nós trabalhou muito e deu-nos aquele senso de procurar atingir. A comunidade é muito orgulhosa e tem dado sempre apoio a quem tenta conseguir alguma coisa", afirma Luís de Matos.
O jurista visita Portugal com frequência, a última vez em 2009 para mostrar o país aos seus filhos, nascidos nos EUA.
"É preciso ensinar aos filhos de onde veem, a cultura, quem são. Quero que eles conheçam as raízes", afirma.

quinta-feira, maio 17, 2012

Premiado Museu da Cortiça de Silves em risco de acabar em hasta pública

A Fábrica do Inglês, onde está o museu, é uma das empresas do falido grupo Alicoop/Alisuper.
Os novos proprietários dos supermercados Alisuper, donos do museu, não estão interessados em recuperar o espaço. A empresa vai para insolvência e as Finanças já têm à venda uma parte dos imóveis.

O Museu da Cortiça em Silves, distinguido em 2001 com o prémio Luigi Micheletti - melhor museu industrial da Europa - fechou as portas há três anos e corre o risco de desaparecer. No Dia Internacional dos Museus, que se assinala sexta-feira, reabre ao público mas apenas por algumas horas para mostrar o estado de abandono a que as coisas chegaram. Uma parte do complexo turístico Fábrica do Inglês, onde se situa o museu, já foi colocada à venda em hasta pública por 901.831 euros, pelas Finanças, e o resto do património da empresa vai a caminho da insolvência.

Mais em: www.publico.pt/Local/premiado-museu-da-cortica-de-silves-em-risco-de-acabar-em-hasta-publica-1546520?all=1

Austeridade Vs Crescimento

O discurso actualmente na politica portuguesa e europeia é de oposição entre os dois conceitos.

Descontando os países em dificuldades financeiras como Portugal e Grécia, curioso como os que praticam políticas de austeridade crescem e os que praticam políticas de crescimento definham. Curioso...

quarta-feira, maio 16, 2012

Os novos Iberistas... Os Federalistas

É curioso que após quase mil anos do povo português andar a labutar pela sua independência, continuem umas supostas elites a clamar pelo fim do país.
Ainda numa sexta feira destas, um "expresso da meia-noite" na SIC Notícias foi no mínimo confrangedor. Para mim um dos mais ridículos foi Paulo Rangel. Pois o senhor não deve querer perder o cheque ao fim do mês, só pode.

Sempre alertei que os burocratas e políticos iriam criar da crise a oportunidade para fazer a campanha pelo federalismo europeu. O país, o povo e a história pouco interessam, apenas o dinheirinho.

A federação será sempre um impossibilidade, o que só se descobrirá quando os mais pequenos forem obliterados. Portanto meus senhores abandonem isto e fiquem por bruxelas.

segunda-feira, maio 14, 2012

Cavaco Silva inicia sábado viagem de dez dias a Timor-Leste, Indonésia, Austrália e Singapura


O Presidente da República inicia no sábado uma viagem de dez dias, que arranca em Timor-Leste por ocasião dos 10 anos da independência deste território e prossegue com deslocações à Indonésia, Austrália e Singapura.
A participação de Cavaco Silva nas cerimónias de tomada de posse do novo Presidente da República Democrática de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, e no 10.º aniversário da independência deste território são consideradas por fonte da Presidência da República o momento mais político e simbólico de toda a deslocação, provavelmente a mais importante do chefe de Estado em 2012.
"É uma viagem cheia de significado, que já esteve prevista no passado mas nunca se concretizou. É uma feliz coincidência que ocorra nos 10 anos da independência", sublinhou a mesma fonte, num briefing com jornalistas, no Palácio de Belém.

A acompanhar o Presidente da República em Timor-Leste estará o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, o secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Cavasanova de Almeida, e também o ex-Presidente da República Ramalho Eanes.
Questionada se foram convidados por Belém para participar nas cerimónias oficiais em Timor-Leste outros antigos chefes de Estado, fonte da Presidência da República respondeu que "foram dirigidos convites a todos os ex-chefes de Estado", mas que "por razões diversas" apenas Ramalho Eanes aceitou o convite.

Em Timor-Leste, onde permanecerá entre os dias 19 e 22 de Maio, Cavaco Silva terá encontros com o ainda Presidente da República Ramos Horta, assiste à posse do novo chefe de Estado, Taur Matan Ruak, e realiza uma visita de Estado ao território já acompanhado do novo Presidente.
Além dos contactos oficiais próprios das visitas de Estado – que incluem audiências com o primeiro-ministro Xanana Gusmão e o líder da oposição Mari Alkatiri -, Cavaco Silva presidirá ainda à cerimónia de inauguração do Arquivo e Museu da Resistência timorense, um momento de "grande simbolismo", uma vez que o espólio foi reunido com um grande "esforço português".
O outro momento simbólico da deslocação a Timor-Leste será a visita à Feira do Livro de Díli, cujo tema é a língua portuguesa, e onde será lançado um dicionário português-indonésio. Nesse mesmo dia, o chefe de Estado, também comandante supremo das Forças Armadas, participa na cerimónia de imposição de medalhas das Nações Unidas ao Contingente Sub-Agrupamento Bravo da GNR.

Ainda no dia 22, Cavaco Silva parte para a Indonésia, naquela que é a primeira visita de Estado de um presidente português a este país, retribuindo desta forma, mais de 50 anos depois, uma visita a Portugal do antigo Presidente da República indonésio Sukarno, nos anos 60.
Além da importância histórica, a deslocação à Indonésia decorre sob o signo económico, já que este mercado de mais de cem milhões de habitantes é visto pela Presidência da República como "uma enorme oportunidade" para as empresas portuguesas.
Já o objectivo da deslocação a Austrália, que se inicia no dia 24, é outro: contactar com as comunidades portuguesas em Sidney e Camberra, uma visita oficial em que Cavaco Silva estará acompanhado pelo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário.

O último ponto da viagem do Presidente da República é uma visita oficial a Singapura, novamente marcada pelo interesse económico neste mercado, nomeadamente na área do mar – neste âmbito será assinado um memorando de entendimento entre a Universidade Nova de Lisboa e a National University of Singapore - e dos portos.
Tal como na Indonésia, será organizado um fórum empresarial, que contará, em Singapura com a presença do ministro da Economia Álvaro Santos Pereira.

Durante as visitas de Estado, Cavaco Silva está acompanhado por uma delegação parlamentar e, na visita oficial à Austrália, por deputados eleitos pelo círculo Fora da Europa.
Cavaco Silva regressa a Portugal a 29 de Maio.

Portugal continua a ser um grande desafio à prospecção de petróleo

Representantes de empresas petrolíferas do Brasil e dos EUA classificaram hoje Portugal como um dos grandes desafios para a prospecção de petróleo, ao ponto de se continuar a investir na pesquisa sem haver um único barril explorado.
"Portugal é uma nova fronteira exploratória", afirmou José Fernando de Freitas, da Petrobras Portugal, ao participar hoje, na Universidade de Coimbra, no I Congresso de Geociências da CPLP.

Idêntica opinião foi expressa por Arlindo Alves, representante em Portugal da americana Mohave, que já possui concessões na plataforma terrestre nas zonas de Torres Vedras, Batalha e numa faixa que vai da Nazaré a Aveiro.
O representante em Portugal da brasileira Petrobras aludiu ao facto de a bacia do Canadá, onde se explora petróleo, ter feito parte da bacia Lusitânica.
"Se tem lá, porque não aqui", questionou José Fernando de Freitas, ressalvando que essa simplicidade de afirmação carece da "demonstração de que essas coisas possam acontecer". Na sua perspectiva, a tecnologia existente no momento condiciona aquilo que se pode encontrar, mas isso não afasta a expectativa de explorar boas jazidas de petróleo em Portugal.
Arlindo Alves, da Mohave, chegou ao ponto de avançar com uma expectativa de "95 bilhões de barris" nas zonas onde tem vindo a desenvolver estudos geológicos.

A Petrobras é detentora de blocos de exploração nas bacias de Peniche e do Alentejo, e no final do corrente ano e em meados do próximo vai tomar decisões sobre a continuação ou não nessa aposta, referiu o responsável.
"Até agora não temos nenhum indício de que tenhamos de parar de procurar, e isso é muito mais do que se pode dizer em relação a muitas outras áreas. Portugal é, sim, uma nova fronteira exploratória, e ainda temos algumas fichas para botar nessa mesa para ver se conseguimos ao final dela o jackpot", salientou José Freitas.

Ferreira de Oliveira, da Galp Energia, que igualmente participou no congresso de Coimbra, realçou que já foram investidos "mais de mil milhões de dólares" na prospecção de petróleo em Portugal, e que se as empresas ainda não desistiram de o encontrar é por entenderem que as condições geológicas a recomendam.
Na sua perspectiva, um dos grandes desafios que se coloca actualmente às empresas petrolíferas da CPLP é o de ajudar Moçambique na exploração das jazidas de gás de Rovuma, que classificou de uma das maiores descobertas dos últimos cinco anos.

No painel sobre exploração petrolífera, do I Congresso de Geociências da CPLP, participaram ainda dois representantes da petrolífera angolana Sonangol, que aludiram ao potencial de várias zonas no seu país, nomeadamente de bacias interiores como a do deserto do Namibe, a juntar às já conhecidas do Congo e Kwanza.

Portugal na imprensa norte-americana. "Bonito, barato, com alma"


Visita de Bourdain a Lisboa já se estreou no EUA
Lisboa em destaque no USA Today.

O jornal norte-americano USA Today destaca as qualidades da capital e diz que  "com a crise económica, experienciar (Lisboa) é agora mais barato do que nunca".

A frase marca o artigo publicado hoje pelo jornal norte-americano USA Today. O diário destaca as características históricas e turísticas portuguesas e, em especial, de Lisboa.
Portugal é "Bonito, com alma" e "em conta", escreve a jornalista Veronica Gould Stoddart, que abre o texto com a referência ao histórico bairro de Alfama e à casa de fados "Mesa de Frades".

Assinalando o recorde turístico de 2011, a jornalista cita Jeremy Irons que esteve recentemente em Lisboa a filmar o "Night Train to Lisbon" e fala das semelhanças da ponte 25 de Abril com a da cidade de San Francisco, nos Estados Unidos.
O hotel Tivoli, em Sintra, o Palácio da Pena, a Avenida da Liberdade e os Jerónimos são alguns dos locais que o jornal destaca.

Eis o link: http://travel.usatoday.com/destinations/story/2012-05-10/Portugal-Beautiful-soulful-affordable/54890386/1

Guiné-Bissau: Nigéria envia tropas até sexta-feira


A Nigéria vai enviar, até sexta-feira, tropas para a Guiné-Bissau, que atravessa um impasse desde o golpe de Estado militar de 12 de abril, anunciou hoje o ministro da Defesa nigeriano.

A declaração foi feita pelo governante na abertura da reunião que decorre em Abuja, na Nigéria, entre responsáveis militares dos países da África Ocidental, que debatem as situações na Guiné-Bissau e no Mali.
"Vamos mobilizar tropas até dia 18", declarou o ministro Bello Haliru Mohammed, sem dar mais detalhes, nomeadamente sobre a composição da força e o número de militares.
Os países da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) anunciaram a 26 de abril que enviariam uma força de 500 a 600 soldados, de vários países, para a Guiné-Bissau.

Universidades Católica e Nova entre as 50 melhores do mundo a formar executivos

Duas universidades portuguesas integram a lista das 50 melhores do mundo na formação de executivos. A Católica e a Nova, nos 46.º e 47.º lugares, foram distinguidas numa tabela em que a Universidade do Porto ficou próxima, com o 64.º posto.

Duas das 50 melhores universidades do mundo, no que concerne às escolas de gestão e de formação de executivos, são portuguesas. A Católica – Lisbon School of Business and Economics e a Universidade Nova – A Nova School of Business and Economics foram eleitas, respetivamente, a 46.ª e a 47.ª melhores do mundo, numa tabela elaborada pelo prestigiado jornal económico Financial Times (FT).
O segredo dos nossos cursos reside no elevado grau de exigência e nos esforço constante de atualização dos currículos, por forma a darmos resposta ao que são as necessidades das empresas, pois as tecnologias alteram-se e tentamos adaptar os cursos a essas novas realidades”, explicou Fátima Barros, directora da Católica.
Esta escola de gestão destacou-se, em especial, na vertente de internacionalização, na qual foi eleita a 18.ª melhor. “As próprias empresas vão pedindo perfis diferentes nas pessoas que recrutam. Cada vez mais as procuram outras coisas além dos conhecimentos técnicos e temos feito um esforço grande para que os nossos alunos tenham uma formação holística, no sentido de terem uma formação bastante abrangente que cubra várias áreas, sobretudo aspetos relacionados com desenvolvimento de competências pessoais”, complementou Fátima Barros.

Da parte da Universidade Nova, o administrador da formação para executivos, Nadim Habibe, destacou a prestação das instituições nacionais na lista do FC, salientando que as escolas de gestão nacionais “têm qualidade não só em Portugal, mas também internacionalmente”.
O 47.º lugar da Nova “é um reconhecimento de trabalho já feito”, sobretudo na selecção dum quadro docente que prima pela competência, e um incentivo, “porque demonstra que a nossa forma de ensinar e de trabalhar com empresas e executivos está ao nível dos 50 melhores do mundo”.

Na mesma lista, destaca-se a prestação da EGP - University of Porto Business School. A Universidade do Porto continua a subir e, na segunda vez em que concorre, ascendeu ao 64.º lugar. O reitor, Nuno de Sousa Pereira, salientou que o salto registado do ano passado para o corrente é um reconhecimento da evolução da escola de gestão portuense, “bem como a concretização de uma estratégia sustentada de acreditação internacional e de forte proximidade com o setor empresarial em que temos investido desde há pouco mais de dois anos”.

quarta-feira, maio 09, 2012

Turistas gastam cada vez mais dinheiro em Portugal

Apesar da crise económica internacional, em 2011, o sector do turismo em Portugal registou aumentos em todos os principais indicadores. No ano passado os turistas, que continuam a preferir o Algarve, gastaram mais 544 milhões de euros no País.

De acordo com uma análise do Turismo de Portugal, os hotéis receberam cerca de 14 milhões de hóspedes em 2011, especialmente nos meses mais quentes do ano.

Entre junho e setembro, entraram 5,9 milhões de clientes na hotelaria (ou seja, 42% do total), registando-se um aumento global de 3,8% em relação ao ano anterior, apesar de ter havido uma quebra de 1,4% nos hóspedes portugueses. Do lado dos turistas estrangeiros, verificou-se um aumento de 8,8%, para um total de 7,4 milhões de clientes.

Em 2011, o sector gerou receitas de 8,1 mil milhões de euros, o que significou uma subida homóloga de 7,2%, o que significou um acréscimo nominal de 544 milhões, suportado, em grande parte, pelos turistas do Reino Unido.

Até Schäuble ajuda mais do que Soares


Eu gostava de ser simpático com o Dr. Soares. Mas o Dr. Soares não ajuda. Como se vê pela sua última sugestão, de que está na hora de o PS romper com a Troika.
Eu gostava de ser simpático com o Dr. Soares. Mas o Dr. Soares não ajuda. Como se vê pela sua última sugestão, de que está na hora de o PS romper com a Troika. Porque a maré está a mudar lá fora e porque o FMI e a Comissão Europeia/BCE, os outros dois integrantes da Troika, não se entendem.

É uma atitude inacreditável (Seguro esteve muito bem na resposta). Porque Portugal não pode rasgar um contrato que assinou há um ano. E porque a sugestão de Mário Soares acontece no pior momento: quando a Grécia mergulha num caos político que pode terminar com a sua saída da zona Euro. É verdade que Soares não sabe muito de Economia. Mas deve saber o bastante para perceber que se a Grécia sair, quem toma o seu lugar na linha de fogo é… Portugal.

Agora compare-se a atitude de Soares com a de Wolfgang Schäuble. O ministro das Finanças do país que manda no Euro diz em entrevista que o ministro das Finanças português (a quem Soares já qualificou de "contabilista") tem qualificações para ser o próximo presidente do Eurogrupo. Precisava de o dizer? Não. Deve favores a Gaspar? Não. Então porque o disse? É irrelevante. O que interessa é que, com esse gesto, além de reconhecer a qualidade de Vítor Gaspar, mostra o apreço da Alemanha pelos dolorosos sacrifícios que estamos a fazer. E, pelo caminho, sinaliza que a Alemanha está disposta a segurar Portugal.

Não conheço melhor serviço prestado à República Portuguesa do que este gesto de Schäuble: o que ele disse, no momento em que o disse, não tem preço. O que me deixa com esta conclusão amarga, de que o ministro das Finanças alemão fez mais por Portugal do que Mário Soares. Nunca pensei!

terça-feira, maio 08, 2012

Venezuela: Luso-descendente designado porta-voz de governadores no Conselho de Estado

O governador do estado venezuelano de Vargas, norte de Caracas, o luso-descendente Jorge Luís Garcia Carneiro, foi segunda-feira designado porta-voz dos governadores do recém-criado Conselho de Estado da Venezuela.
Perante a nova tarefa, Jorge Luís Garcia Carneiro diz que irá assumir o compromisso com "toda a força" que tem para servir a sua pátria.

A designação do luso-descendente teve como propósito dar cumprimento a um pedido feito recentemente pelo presidente Hugo Chávez ao vice-presidente da Venezuela, Elías Jahua e ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Nicolás Maduro, para criarem o Conselho de Estado.

Guiné-Bissau: CPLP quer participar em força multinacional

O chefe da diplomacia angolana defendeu hoje, em nome da CPLP, uma "força de estabilização" multinacional para a Guiné-Bissau, com mandato do Conselho de Segurança da ONU e com a participação de efetivos da organização lusófona.

Em intervenção no Conselho de Segurança da ONU, em Nova Iorque, Georges Chicoti, ministro das Relações Exteriores de Angola, que detém a presidência rotativa da Comunidade dos Países de Língua portuguesa (CPLP), afirmou que a organização lusófona e os seus estados-membros estão "prontos para dar uma contribuição efectiva" para o envio da força multinacional.

A organização considera esta é "a opção que melhor poderá compatibilizar os esforços que estão a ser desenvolvidos para a regularização da crise, que oferece melhores de garantias êxito pelo seu carácter abrangente, de solução multilateral, aquela que melhor dá garantias a todas as forças políticas e sociais na Guiné-Bissau", adiantou.

Guiné-Bissau: Conselho Segurança aguarda que Portugal e Togo avancem com projeto de resolução

Os países membros do Conselho de Segurança aguardam que Portugal e Togo avancem esta semana com um projeto de resolução sobre a crise na Guiné-Bissau, contemplando, pelo menos, sanções para os autores do golpe no país.

"Formalmente, o Togo deverá apresentar [o projeto de resolução, dado que é membro da União Africana e país vizinho], mas obviamente que o contributo português será chave", disse um diplomata dos cinco países com assento permanente no Conselho de Segurança.

A resolução pode ser apresentada depois do 'briefing, hoje por videoconferência, do representante do secretário-geral em Bissau, Joseph Mutaboba, e de consultas em que irão participar os ministros dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau e de Angola, que preside à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, e o embaixador da Costa do Marfim na ONU, representando a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.

Arquitetura: Cortiça portuguesa em destaque no pavilhão da Serpentine Gallery em Londres

A cortiça portuguesa foi o elemento estruturante escolhido pelo gabinete de arquitetura Herzog & de Meuron e pelo artista plástico Ai Weiwei para o pavilhão da Serpentine Gallery, em Londres, na 12.ª edição do programa mundial de arquitetura.

Segundo informação divulgada, a Corticeira Amorim foi escolhida pelos arquitetos e artista plástico como parceira para este projeto, fornecendo toda a cortiça que vai ser utilizada na construção do londrino pavilhão da Serpentine Gallery, aberto ao público de 1 de junho a 14 de outubro de 2012.

A cortiça "surge como elemento estruturante desta obra icónica, cujo uso extensivo se justifica, segundo os arquitectos, pelas suas características", que a descrevem como um "material natural, com fortes mais-valias aos níveis do tacto e do olfacto, de grande versatilidade, o que permite que seja facilmente esculpido, cortado, moldado e formado".

PLMJ está entre melhores do mundo no Direito da Concorrência

Coordenada pelos sócios José Luís da Cruz Vilaça e Ricardo Oliveira, a equipa formada por 12 advogados foi classificada "como “Elite” no quadro do mercado nacional".
Este reconhecimento internacional "tem em conta a opinião do mercado, dos pares e destaca o envolvimento da equipa em vários casos de concorrência de grande relevância para o mercado", segundo a mesma fonte.

A equipa Direito Europeu e da Concorrência do escritório PLMJ voltou a ser considerada líder em Portugal pela prestigiada publicação internacional Global Competition Review, figurando na lista das 100 melhores equipas de concorrência a nível mundial, anunciou o escritório de advocacia.

segunda-feira, maio 07, 2012

Lisboa entre os melhores destinos de 2012

Lisboa está entre os 25 destinos a visitar em 2012, segundo o portal de turismo TripAdvisor, que destaca a diversidade existente na capital portuguesa.

Os utilizadores do portal recomendam Lisboa como um destino a conhecer este ano, colocando a cidade no 11.º lugar da lista Traveler’s Choice 2012.

Apesar de não entrar no top ten, Lisboa fica à frente de cidades muito apreciadas pelos turistas, como é o caso de Veneza (12.º), Edimburgo (13.º) e Madrid (14.º).

Já no topo da tabela está Londres, seguida de Roma, Paris, Istambul, Barcelona, Berlim, Florença, Praga, Dublin e Amesterdão.

As construções seculares, como pontes e aquedutos, os mercados ao ar livre e a cultura do fado são motivos de relevo, assim como bairros típicos da cidade, como a Mouraria, Alfama e o Bairro Alto.

sexta-feira, maio 04, 2012

Björk refere-se a Amália como uma grande inspiração


Cantora islandesa disse recentemente ao jornal britânico The Guardian que a fadista Amália Rodrigues é uma das suas "obsessões".

Entre as várias influências de Björk está o fado e, em particular, a música de Amália Rodrigues. Foi a própria cantora islandesa, que em junho regressará a palcos portugueses, que referiu-se sentir-se inspirada pela fadista. "Já a oiço há anos, mas vi um documentário sobre ela, e sentia-se tanta emoção. Ela vai direta ao coração. A sua colaboração íntima com os poetas portugueses é admirável", diz Björk salientando ainda: "É bom saber que ela teve um papel importante na construção do próprio fado".

Foi há 15 anos que a islandesa descobriu a obra de Amália Rodrigues e desde então tornou-se uma das suas maiores influências.

Além da fadista, Björk destacou ainda a obra de artistas como o rapper Death Grips, Dirty Projectors, Current Value, entre outros.

A cantora vai estar presente na primeira edição portuguesa do festival Primavera Sound, a realizar-se no Porto, atuando no dia 9 de junho, onde vai apresentar um espetáculo centrado no álbum 'Biophilia'.

Catorze marcas de azeite portuguesas premiadas na China

Catorze marcas portuguesas foram distinguidas no "Oil China Competition", um certame internacional dedicado ao azeite, em Pequim, na China.

O azeite Rosmaninho, produzido por uma cooperativa de Valpaços, recebeu a medalha de ouro na categoria "Light"; o Gallo "Grande Escolha" ganhou a medalha de prata na categoria "Medium", ficando atrás de uma marca italiana e uma espanhola que partilharam o primeiro prémio.

A Gallo ganhou também uma medalha de bronze na categoria "Medium" e uma grande menção na categoria "Light"; enquanto os azeites Oliveira da Serra obtiveram duas grandes menções nas categorias "Intenso" e "Light".

Outras das marcas lusas premiadas foram Casal da Cotovia, Paços dos Infantes, Quinta do Vale do Conde, Capitoa Premium, Torrejano, Cabeço das Nogueiras, Casal Anadia e Herdade do Esporão.

quinta-feira, maio 03, 2012

JP Sá Couto distribui mais 61 mil Magalhães no Uruguai

A JP Sá Couto (JP SC)vai distribuir computadores Magalhães no Uruguai no âmbito do Plano Ceibal.
Este negócio acontece depois da empresa ter ganho dois concursos públicos do Ministério da Educação e Cultura do Uruguai, onde participaram algumas das maiores empresa de tecnologia do mundo, como a OLPC, a BGH, a Computer Depot e a Positivo, explica a companhia portuguesa em comunicado.

A JP SC já tinha anteriormente distribuído computadores, noutras fases do Plano Ceibal, o que no total perfaz mais de 120 mil Magalhães entregues nas escolas do Uruguai.

Presente nos cinco continentes, a JP SCo continua a privilegiar o mercado da América Latina "principalmente pela grande aposta destes países na implementação de projetos educativos", explica Jorge Sá Couto, presidente da empresa. "A aprovação da JP Sá Couto no concurso público do Governo do Uruguai vem testemunhar o sucesso da nossa estratégia de internacionalização o que, para nós, é mais um motivo de orgulho", acrescenta.

O Plano Ceibal foi criado em 2007 pelo ex-Presidente da República do Uruguai, Tabaré Vásquez, para promover a igualdade no acesso à informação e ao conhecimento, na sociedade do país. O programa implementou várias inovações no sistema educativo e, em quatro anos, entregou 450 mil computadores a alunos do ensino básico ao ensino secundário.

Venezuela: Governador da Ilha de Margarita elogia portugueses

O governador do Estado venezuelano de Nova Esparta (Oeste de Caracas) elogiou hoje a dedicação ao trabalho e a honestidade da comunidade portuguesa radicada na ilha de Margarita, que instou a continuar a impulsionar o desenvolvimento regional e da Venezuela.

"Aqui há muitos homens e mulheres da sua terra [Portugal] que os recebemos com muito amor, com muito carinho e que estão a trabalhar em função do desenvolvimento nacional. Os portugueses sempre se dedicaram a trabalhar, a lutar honestamente pelo desenvolvimento da Venezuela", disse Morel Rodríguez.

O governador falava no final de um encontro com o cônsul-geral de Portugal em Caracas, Paulo Santos, que esteve em Margarita no âmbito de um programa de visitas que está a realizar aos locais da Venezuela onde residem portugueses, para conhecer melhor a comunidade e contactar com as autoridades locais.

Morel Rodríguez explicou que em Nueva Esparta, a comunidade portuguesa "carateriza-se por ser exemplar" e que as pessoas que viveram naquela terra podem "dizer que são gente honesta, responsável, trabalhadora".

Sobre as preocupações dos portugueses em quanto à insegurança, explicou que há que procurar mecanismos para garantir a paz aos cidadãos.
"Um dos graves problemas com que nos estamos a confrontar actualmente na Venezuela é a insegurança, mas deve-se em grande parte ao facto que o Governo nacional, o Poder Judicial, não têm uma política clara, definida, sobre esta matéria", disse.

"A Venezuela, neste momento, o que necessita é liberdade, democracia e mão dura contra dois flagelos que estão a criar situações complexas na sociedade e fundamentalmente na juventude, que são o narcotráfico e a delinquência", enfatizou.

Na Ilha de Margarita, Estado de Nueva Esparta, residem 1.500 portugueses.

segunda-feira, abril 30, 2012

Liga de Futebol - O Demérito do Benfica

Poder-se-ia dizer que era mais um campeonato da fruta, basta recordar os jogos do SLB com a Académica ou o campeão FCP mas isso não explica tudo.

O Benfica foi a melhor equipa a jogar... Foi
O Benfica foi prejudicado pelas arbitragens... Foi
O Benfica foi campeão... não 

Foi o FCP e sobretudo por demérito do Benfica.

Quem é responsável? Jorge Jesus definitivamente.

Mas deverá ser substituído? Talvez.

Encontro sobretudo três motivos para a época falhada. 

1 - Má gestão da condição física dos jogadores. O fim da época foi penoso para todos os jogadores incluindo aqueles que não são titulares absolutos. Esta situação passou-se o ano passado e este ano repetiu-se da mesma forma. Revela incapacidade de Jesus em gerir o plantel, querendo que os jogadores dêem 120% em cada jogo. Pode ser bonito mas é insustentável. Os picos de forma existem, estão estudados e Jesus faz deles letra morta. Isso viu-se perfeitamente, e nota-se bem quando por exemplo durante grande parte da época os jogadores ganhavam a maior parte das bolas divididas, no fim perdiam quase todas.

2 - Má gestão mental. Esta entronca no ponto anterior, mas vejamos, nos jogos decisivos o FCP ou o Real Madrid não falharam (excepto com o Bayern jogo que até venceram). Todos os jogos decisivos do Benfica excepto com o Braga, resultaram em derrotas ou empates.

3 - A insistência em Emerson. Desconheço a razão, talvez por ter sido um jogador contratado pelo próprio JJ que na sua arrogância decidiu fazer do homem um jogador de nível para o Benfica. Durante anos e anos os Defesas Esquerdos do Benfica foram pouco mais que razoáveis e este conseguiu ser o pior de todos. E isto com um campeão do Mundo no banco. Enfim, uma triste teimosia. Nada tenho contra o homem Emerson , mas se a defender revela alguma consistência apesar de contra avançados rápidos ser gato sapato, a atacar é de uma nulidade confrangedora. Recordo-me por exemplo o empate de má memória contra a Académica em que Emerson conseguiu de uma forma ou outra perder TODAS as bolas que lhe chegavam aos pés, anulando todas as iniciativas de ataque pelo lado esquerdo.

Assim de repente lembro-me que Nolito foi sempre uma espécie de proscrito, Saviola que numa época inteira não jogou foi lançado às feras na fase decisiva, caso Rubén Amorim, Caso Carlos Martins, etc etc.

Uma coisa é verdade, quanto mais apagaram Rui Costa mais erros JJ cometeu. Um ponto para Vieira reflectir. 

De contratações o homem, JJ também pouco percebe.

Ainda assim talvez não seja o ideal despedir o treinador. JJ já provou que pode colocar a equipar a jogar um futebol fantástico... Vide o melhor Benfica em 30 anos, curiosamente um plantel que não foi construído por ele.

O projecto não tem pés de barro apesar de tudo, o plantel tem boas soluções as participações europeias têm vindo em crescendo. 

Se eu fosse o presidente do SLB agiria da seguinte forma. Tentaria perceber se JJ tinha noção dos erros cometidos e se faria uma análise correcta da época. Se o fizesse e se adoptasse estratégias para o evitar novamente, eu contaria com ele, retirava-o das contratações (embora obviamente sujeita-se os nomes a aval do treinador) e reforçaria o papel de Rui Costa.

Se da análise feita por JJ resultasse um alheamento da realidade escamoteando responsabilidades ou atribuindo o falhanço a factores externos, aí sim, acho que não valeria a pena continuar a aposta num treinador que na sua arrogância não consegue adaptar-se às condições e assumir responsabilidades. 

Esperemos que Vieira analise bem a situação e que aja em conformidade. 
  

quinta-feira, abril 26, 2012

Portugal é segundo país com melhor execução de fundos comunitários

Entre os países da União Europeia, só a Alemanha apresenta uma execução de fundos comunitários superior a Portugal. Portugal já recebeu 35,2% da verba total que lhe estava destinada no programa para o período 2007-2013. A média dos 27 países da União Europeia é apenas 27,1%.
Segundo o comunicado enviado hoje para as redações, a 1 de abril Portugal tinha 7542 milhões de euros, o equivalente a 8% do total que já foi pago a todos os estados-membros (92 863 milhões de euros).

Destes 7542 milhões de euros, 3330 milhões têm origem no Fundo Social Europeu (FSE) e 4211 milhões vêm do FEDER e do Fundo de Coesão.
Segundo o comunicado, "os pagamentos intermédios executados no FSE representam 48,7% da dotação FSE reprogramada no QREN para o período 2007-2013, bem acima da média europeia verificada no FSE, de 29,8%".
Quanto ao FEDER e ao Fundo de Coesão, os 4211 milhões "representam 28,9% da dotação destes Fundos reprogramada no QREN para 2007-2013 acima da média europeia de 26,3%, para estes dois Fundos", esclarece o comunicado.

terça-feira, abril 24, 2012

domingo, abril 15, 2012

Jeremy Irons defende mais produções estrangeiras em Portugal

O actor britânico Jeremy Irons defendeu hoje que Portugal devia acolher mais produções de cinema internacionais, como a que está actualmente a rodar no país, "Comboio noturno para Lisboa", do dinamarquês Bille August.
"Portugal tem tantas possibilidades e potencial", elogiou o actor numa conferência de imprensa, em Lisboa, com a equipa de rodagem e na presença dos secretários de Estado do Turismo e Cultura, Cecília Meireles e Francisco José Viegas, respectivamente, e do presidente da câmara da capital, António Costa.
Falando directamente para estes três responsáveis, Jeremy Irons disse que Lisboa é "uma joia que devia ser preservada" do ponto de vista arquitectónico, cultural e gastronómico: "Têm que perceber o que têm em Lisboa".
Irons defendeu que, num momento de austeridade, o país devia estar mais aberto a acolher a rodagem de produções estrangeiras, que possivelmente ajudem a melhorar a economia portuguesa.
No final da conferência de imprensa, Francisco José Viegas disse que concorda com o repto lançado pelo actor.
"O que temos que valorizar em Portugal é a paisagem e o património e é um ponto essencial na nossa atividade e a lei do cinema favorece justamente esse ponto", disse.

Jeremy Irons, que esteve há vinte anos em Portugal a rodar "A casa dos espíritos", também com Bille August, é um dos protagonistas de "Comboio noturno para Lisboa", que entrará na quarta semana de rodagem nesta adaptação do romance homónimo do escritor e filósofo suíço Pascal Mercier.

quinta-feira, abril 12, 2012

Jeremy Irons "viveria em Portugal só por causa do peixe"

Jeremy IronsO actor britânico está em Portugal até 15 de maio e já se desfez em elogios à gastronomia, ao fado e às paisagens do país         

Em Portugal a rodar o filme "Night Train to Lisbon", já teve oportunidade para assitir a um espectáculo de fado, comer peixe e passear pela costa alentejana. E não se poupou em elogios. "O peixe que se come aqui é simplesmente fantástico! Viveria cá só por causa do peixe", afirmou o britânico, durante um jantar no navio Creoula, em que marcou presença a secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles.

Entretanto, acompanhado pelo elenco do filme, que conta com Bruno Ganz, o actor já assistiu a um espectáculo de fado em Lisboa que descreveu como "três quartos de hora absolutamente mágicos".
Lisboa, por sua vez, para Irons, é "um sítio único".

Esta não é, de resto, a primeira vez que o britânico filma em Portugal. Nos anos 90, o actor participou no filme "A Casa dos Espíritos", rodado em Vila Nova de Milfontes, e baseado na obra da chilena Isabel Allende.
Irons notabilizou-se em filmes como "Lolita" ou "Irmãos Inseparáveis", vai estar em Portugal em filmagens na costa alentejana.

terça-feira, abril 10, 2012

Construção Civil: Empresas portuguesas procuram reforçar presença na Rússia

Oito empresas portuguesas produtoras de materiais de construção participam em duas feiras do setor na capital russa, tentando alargar os seus negócios a um mercado em ampla expansão.
Sete das empresas estão presentes nestas exposições graças a uma iniciativa da Associação Empresarial de Portugal, que contou com apoios, no âmbito do QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional.

A empresa PPS decidiu aproveitar o facto das feiras acolherem, pela primeira vez, o sector do design para apresentar os seus produtos no mercado russo.

segunda-feira, abril 09, 2012

Wall Street Journal: Portugal é óptimo na reforma

Jornal conta como um executivo americano encontrou uma nova vida na ponta mais ocidental da Europa. E mostra o que o país tem de positivo.


Roger B. Adams trabalhava como executivo de televisão quando visitou Portugal de férias nos anos 80. A experiência correu tão bem que quando o norte-americano se reformou decidiu mudar-se para Portugal de vez. “Todas as pessoas me perguntam, ‘Porque é que deixou a América por Portugal?’ Para começar, estava desgastado após 20 anos de stress no negócio da televisão e precisava de uma mudança”, escreve Adams no WSJ. Na altura, o país “era como a América no início dos anos 50”, explica Adams, mas hoje em dia “as coisas mudaram muito”: “Temos TV por cabo com 106 canais (muitos deles da América em inglês, smartphones, banca online, centros comerciais, o maior casino na Europa, ópera, ballet e museus.”.

E porque escolher Portugal para a reforma? “Devo começar com o campo. Temos montanhas; planícies com sobreiros, vinhas e onde o gado é criado; vales de rios adoráveis onde as vinhas do Porto são plantadas; o sul semitropical com o nome de Algarve; e claro, a costa”.

O norte-americano veio para Portugal em 1990 e viveu no interior do país durante uma década até se mudar para Cascais, “uma pequena cidade cosmopolita à beira do Oceano Atlântico a 30 minutos de Lisboa. O clima é como no Sul do Califórnia”. Adams explica que existem muitos expatriados desde britânicos a sul-africanos, além dos portugueses, claro. “Temos muitos turistas no Verão praticamente de todos os sítios”.

E quais as vantagens para um reformado a viver em Portugal? “Para os reformados activos (como eu, próximo dos 70), existe muito por fazer: golfe, vela, mergulho, andar de bicicleta – seja o que for. Para os mais sedentários, existe a jardinagem, muitos jogadores entusiastas de bridge entre outros grupos de hobbies”. Apesar de reformado, Adams trabalha entre quatro a cinco meses por ano como consultor fiscal de norte-americanos e expatriados a residirem em Portugal.

Uma das mais valias de Portugal é a proximidade com o resto da Europa, especialmente com Espanha. “Podes conduzir até Madrid, Sevilha ou Barcelona. O sul de França fica a um dia de viagem. Já estive em Londres, Praga, Viena, Baviera e Suíça”.

Sobre a comida e a bebida, Adam elogia o peixe que “figura proeminentemente na dieta”, o pão que “é saboroso e em grande variedade”, a cerveja que é “excelente e barata” e o vinho que é “muito em conta. Pode-se comprar uma boa garrafa entre quatro a seis euros”. “A carne nacional, o peixe, a fruta e os vegetais são baratos”, sentencia Adams.

E como comunicar com os portugueses? Adams afirma que é necessário treinar a boca para fazer “coisas novas e interessantes” para “pronunciar algumas palavras importantes como ‘pão’”. “Muitos estrangeiros não falam a língua, mas existem muitas escolas de línguas se quiser aprender o básico. E não receie: Muitos portugueses falam inglês”.

Em relação aos combustíveis, Adams diz que o preço em Portugal “é pelo menos o dobro do que nos Estados Unidos. As auto-estradas e as estradas são excelentes” e existe uma boa oferta de transportes públicos a um preço razoável.

Sobre os cuidados de saúde, o norte-americano afirma que as instalações “são bastante modernas na maior parte dos sítios”. Adams explica que assim que um estrangeiro estiver a trabalhar e desconte para o sistema, ele e a sua família, tem acesso ao sistema nacional de saúde que é “essencialmente grátis”. Além do sistema público, Adams também refere que está disponível o sistema de saúde privado.