O Brasil poderá enviar tropas para a Guiné-Bissau, caso haja uma decisão da ONU, disse hoje o ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim, que se referiu também ao envolvimento do seu país na criação de uma força de paz da União Africana.
Respondendo a uma questão sobre possibilidade do envio de um contingente militar para Guiné-Bissau, após o assassínio do Presidente "Nino" Vieira e do atentado contra o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Tagmé Na Waié, ambos no início de Março, Jobim afirmou à imprensa, no Rio de Janeiro, que o Brasil tem "'expertise' para isso".
No entanto, o envio de uma missão de paz "depende de decisões a serem tomadas pela ONU", observou. "Se a ONU decidir que há a necessidade, o Brasil tem disponibilidade para participar desse tipo de coisa".
Segundo o ministro da Defesa, o Brasil não realiza operações para «fazer a paz», o Brasil "participa de operações de manutenção de paz e esta distinção é fundamental".
[O Brasil demonstra uma atenção extrema, relativamente aos países africanos de expressão oficial portuguesa. Esta posição do MNE brasileiro explicita a estratégia de afirmar o país como um verdadeiro "player" mundial, país BRIC (país emergente) e potência regional.]
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