São Tomé e Príncipe e Portugal assinam na próxima semana um acordo de paridade cambial que vai permitir à moeda são-tomense (Dobra) "ancorar-se ao euro", disse hoje o director do Centro de Investigação e Análise da Politica de Desenvolvimento, Adelino Castelo David. O acordo será assinado na capital são-tomense pela ministra do Plano e Finanças de São Tomé e Príncipe, Ângela Viegas, e pelo ministro das Finanças e da Economia de Portugal, Teixeira dos Santos.
Castelo David, que dirige a equipa técnica são-tomense que vem trabalhando com a parte portuguesa no acordo, disse à Lusa que "a delegação portuguesa deverá chegar a São Tomé na terça-feira, num voo privado".
A expectativa é de que o acordo de paridade cambial entre o arquipélago de São Tomé e Príncipe e Portugal entre em vigor já em Janeiro de 2010.
"Depois de assinado o acordo, há ‘demarches' internas que devem ser feitas para que, nos próximos seis meses, o acordo entre em vigor", disse ainda Castelo David.
"Procurar a melhor forma de incentivos para os investidores, estabilizar a economia e manter estável o poder de importação e os preços dos produtos no mercado são-tomense" são alguns dos benefícios que as autoridades são-tomense esperam obter com este acordo, acrescentou Castelo David.
O acordo de paridade cambial será apoiado por uma linha de crédito à disposição de São Tomé e Príncipe pelo Governo português. O valor não foi revelado.
"Nós beneficiaremos de uma linha de crédito que servirá de almofada para caso de uma crise extrema", adiantou o alto funcionário do Ministério são-tomense de Plano e Finanças.
A assinatura do acordo de paridade cambial entre os dois países lusófonos foi antecedida de vários encontros e seminários destinados a "colher subsídios" que ajudassem a encontrar um suporte para a moeda são-tomense.
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