Há emigrantes cabo-verdianos em Portugal que desistiram dos processos de legalização, convencidos de que Cabo Verde entrou para a União Europeia (UE), alertou hoje o MpD (Movimento para a Democracia), maior partido da oposição no arquipélago (?!).
O alerta surgiu na sequência de uma reunião realizada no fim-de-semana em Portugal, por ocasião do Dia da Liberdade e Democracia (primeiras eleições multipartidárias em Cabo Verde a 13 de Janeiro de 1991), quando representantes de associações se afirmaram preocupados com a confusão gerada à volta da parceria especial de Cabo Verde com a UE.
A UE aprovou no passado dia 19 de Novembro, durante a presidência portuguesa, um acordo de parceria especial com Cabo Verde, que alguns cabo-verdianos entenderam, erradamente, ser uma entrada do país na para o grupo dos 27, segundo o MpD.
"As pessoas quase deixaram de se preocupar com a legalização, por pensarem que se podem nacionalizar", afirmou, acrescentando que é fundamental uma campanha, em Portugal e nos outros países europeus onde existem comunidades de emigrantes, para esclarecer esta matéria.
Na verdade, a parceria não faz dos cabo-verdianos cidadãos europeus de pleno direito nem lhes dá regalias como a livre circulação e o direito de permanência e residência no espaço Schengen, frisa o MpD.
Sem comentários:
Enviar um comentário