O Aqueduto das Águas Livres (AAL) vai ser recuperado, depois de detectados problemas como deslocação de pedras e fissuras, no âmbito de um protocolo hoje celebrado entre a EPAL e o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR).
Esta intervenção no monumento é a primeira prevista no protocolo, que prevê acções de acompanhamento dos estudos e projectos, relativos ao património imóvel histórico e cultural, ligado ao fornecimento de água para consumo humano à cidade de Lisboa e concelhos limítrofes.
O início da parceria terá lugar com o AAL, onde foram identificados diversos problemas e onde as entidades vão iniciar os trabalhos de restauro daquele monumento.
O responsável do IGESPAR, Elísio Summavielle, reforçou o interesse do Instituto em ser parceiro deste tipo de iniciativas com empresas, já que o património é "um recurso para o futuro".
O custo inicial da intervenção, que vai incidir sobre o vale de Alcântara, está orçada em cerca de 300 mil euros, podendo ascender a cerca de 10 milhões de euros na segunda fase das obras de recuperação do aqueduto, explicou o responsável de Projectos e Obras da EPAL, Joaquim Serranito.
A empresa "tirou a radiografia ao Aqueduto" através de quatro mil fotografias, onde identificou três grupos de patologias na estrutura: problemas de colonização biológica, vegetação, fissuras e fracturas, lascagem, passagem de líquidos por materiais sólidos e elementos deslocados (pedras).
A arcada monumental do vale de Alcântara tem 35 arcos, 941 metros de comprimento, 70 metros de altura máxima, 37.700 metros quadrados de superfície, 108 quilómetros de juntas e 75 mil blocos de pedras de calcário.
Em 12 de Maio de 1731, foi autorizada, por alvará régio de D. João V, a construção do Aqueduto das Águas Livres. As obras de construção foram iniciadas em Agosto de 1732 e em 1748 o Aqueduto entrou em funcionamento, abastecendo de água a cidade de Lisboa, o que aconteceu até 1967.
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