Em seis meses, a imagem que os portugueses têm da União Europeia (UE) melhorou. Mas a proporção dos que afirmam compreender como é que ela funciona diminuiu "dramaticamente" (de 41 para 32%).
Uma sondagem feita no decurso da presidência portuguesa da UE revela ainda que os níveis de 34% no Parlamento. Já a UE merece a confiança de 57% dos cidadãos.
A cada seis meses é divulgado um novo Eurobarómetro com o objectivo de analisar as atitudes da opinião pública da UE face a um conjunto de temas.
Alguns dados: a esmagadora maioria dos portugueses (89%) avalia negativamente a situação económica do país (pior só na Hungria, com 90%). Seis em cada dez estão insatisfeitos com o funcionamento da democracia. E só 14% consideram "boa" a situação ao nível do "bem-estar social". Mais críticos, só os búlgaros.
Num semestre marcado pela presidência portuguesa da UE e pela assinatura do Tratado de Lisboa, a "imagem" que os portugueses têm da UE melhorou (56% dizem que é positiva). Mas as críticas fazem-se ouvir na mesma. Por exemplo: os portugueses são os europeus que menos consideram a UE como tendo um papel positivo na economia do país - apenas 19% dos inquiridos consideram que a actuação da União é positiva para o evoluir da situação económica. A média, para o conjunto dos europeus, é de 39%. Ainda assim, entendem que o palco europeu deveria ser o nível de decisão de um conjunto de políticas, como as que visam o combate à inflação. E não só.
Na primeira metade de 2007 a maioria dos portugueses (51%) defendia que as pensões deveriam ser um assunto a decidir por cada Estado-membro. Seis meses depois, a situação mudou e 54 em cada cem defendem que afinal as pensões devem ser uma área de intervenção europeia. Apesar de ter havido mais informação nos media portugueses sobre a UE - informação que a maioria não considera satisfatória -, menos de um terço dos portugueses diz que compreende a forma como a UE funciona. A média europeia é de 40% e reflecte, também ela, uma descida dos níveis de compreensão da União por parte dos europeus - mas menos acentuada (3%) do que em Portugal.
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