segunda-feira, janeiro 14, 2008

Rodman deslocaliza para Valença 30% da produção de iates

O grupo espanhol Rodman, líder de mercado na construção de embarcações de recreio, vai passar para a fábrica que acaba de instalar em Valença cerca de 30% da sua produção, revelou fonte da empresa. A empresa construiu em Portugal uma fábrica, constituída por dois pavilhões cobertos de 20 mil metros quadrados, tida como "uma das mais avançadas" do mundo.

Este investimento, estimado em 12 milhões de euros, permitirá deslocar para Valença parte da actual produção realizada na unidade espanhola de Meira-Moaña. Nesta fábrica espanhola, o grupo passará a construir os mega-iates da linha Muse, de 13,5 a 44 metros de comprimento. Quanto à unidade de Valença, actualmente em testes de operação das linhas de produção, será dedicada à construção de embarcações de recreio em fibra de vidro, entre os 8 e os 16 metros de comprimento, das gamas Rodman Fisher & Cruise. A unidade portuguesa deverá absolver entre "20% a 30%" da produção global actual do grupo e terá capacidade também para construir lanchas patrulheiras.
A Rodman, grupo com sede em Vigo (Galiza), prevê produzir este ano, a partir do Parque Empresarial de Valença, 160 embarcações. Número que deverá duplicar, progressivamente, nos próximos anos. A perspectiva é de gerar um volume de vendas de 21 milhões de euros e 28 milhões nos anos seguintes. Numa primeira fase, a unidade de Valença, cuja inauguração oficial deverá acontecer ainda no primeiro trimestre deste ano, vai empregar perto de 200 trabalhadores, gerando ainda cerca de 400 postos de trabalho indirectos. O investimento inicial foi comparticipado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, nomeadamente a compra de terrenos (65 mil metros quadrados), instalações e maquinaria. A escolha de Valença foi justificada pelos responsáveis da Rodman com a proximidade da localidade e boas vias de comunicação com Vigo.

Com cerca de 30 anos de actividade, o grupo galego é líder de mercado na produção de embarcações de náutica desportiva, militar e de pescas. Actualmente, entre 55% a 60% da produção do grupo destina-se ao mercado espanhol e o restante a países como França, Reino Unido e Itália.

1 comentário:

Anónimo disse...

ATÉ PARECE UMA BOA NOVIDADE...SÓ É DE LAMENTAR QUE EM MENOS DE UM ANO DEPOIS, JÁ ESTÃO A "DISPENSAR" QUASE TODOS OS FUNCIONÁRIOS ADMITIDOS...CERTAMENTE RECEBERAM ALGUNS FUNDOS DO NOSO ESTADO E AGORA VÃO PARA A "TERRINHA" DELES...