O presidente do Governo Regional da Madeira criticou hoje os 500 anos de "extorsão e roubo de dois terços do produto do suor dos madeirenses, que foi retirado da Madeira e levado para as fantasias do Reino".
Alberto João Jardim falava à margem da cerimónia solene de abertura das comemorações do V centenário da elevação do Funchal a cidade.
Jardim afirmou existirem "princípios que não cedem em nome da consensualização e diálogos que não se vendem em troca de objectivos". "Nós sabemos o que queremos e temos princípios em função da visão política que temos do país, temos objectivos para a autonomia, e isso não se troca por nada, muito menos por palavras bonitas que não têm conteúdo, como a que está na moda "consenso" e a hipócrita "diálogo", explicou. "É um momento alto de reflexão sobre as nossas capacidades de fazer e desenvolver, sendo os momentos difíceis que as põem à prova", disse.
Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Albuquerque salientou que "durante séculos construímos Portugal no Altântico. Durante séculos afirmámos e lutámos pela pátria com obra e com sacrifício. Todavia hoje é preciso não esquecer: não há pátria onde falta sentido de justiça e a pátria é sempre escolha, feita no afecto, na razão e na liberdade", concluiu Albuquerque.
Sem comentários:
Enviar um comentário