Os empresários de calçado portugueses, presentes na feira internacional de Milão, que este domingo abriu as suas portas para apresentar as novas tendências para o próximo Outono/Inverno, estão optimistas em relação a 2011 e admitem que as exportações possam crescer entre os 10 e os 15%.
Apesar da escalada do preço do petróleo e do aumento das matérias-primas, que se vai reflectir no preço final do caçado, os industriais do sector, que exportam praticamente quase tudo o que produzem (95%), não se mostram preocupados. “O calçado português está em alta em Portugal”, diz Miguel Abreu, da GoldMud, uma fábrica de Felgueiras, que pretende alargar o seu âmbito de intervenção para se lançar numa “apostar forte nos mercados da China e do Japão”, mas continuando a exportar para a Europa, o cliente por excelência das marcas portuguesas. “É preciso fazer uma marca mais global. Temos de vender a qualidade e a marca e se a marca tiver uma boa imagem eles compram”, defende este empresário de Felgueiras, que dá sinais de alguma preocupação pelo facto de algumas matérias-primas, como as peles, usadas em larga escala no fabrico de calçado, começarem a escassear. “Temos de começar a pensar noutras alternativas, talvez material sintético”, afirma, sublinhando que um par de sapatos feito em pele “vai ser uma raridade” daqui por alguns anos.
Sem comentários:
Enviar um comentário