O protesto "Geração à Rasca" é noticiado no Financial Times com uma entrevista a uma jovem portuguesa e tomando como inspiração, pelo menos parcialmente, as revoltas populares no Norte de África.
"Chamam-se a si próprios a geração à rasca – diplomados universitários com idades entre os 21 e os 30 anos que estão desesperados por começar uma carreira, ganhar um salário fixo e abandonar a casa dos pais", escreve o correspondente do Financial Times em Lisboa.
"O único trabalho que conseguimos é experiência de trabalho", diz a jovem de 29 anos entrevistada pelo jornal britânico.
O FT diz que milhares de jovens saem hoje à rua inspirados, em parte, pelas revoltas no Norte de Africa.
A organização foi feita através do Facebook e até às 14:00 de hoje, mais de 65.000 pessoas disseram que iam comparecer nas iniciativas marcadas para várias cidades, entre as quais Lisboa e Porto.
O jornal diz que enquanto o Governo de Lisboa reforça medidas de austeridade, com o anúncio de um novo pacote na sexta-feira, o irreverente movimento de protesto despertou um país que enfrenta a segunda recessão em três anos, atingindo uma dimensão surpreendente e dominando o debate público.
"As lutas de jovens na Tunísia, no Egito e na Líbia ajudaram-nos a abrir os olhos", diz a jovem entrevistada pelo FT, uma das líderes do protesto no Porto.
A jovem frisa que os manifestantes não estão a tentar provocar uma revolução, apenas querem ter uma vida melhor.
Sem comentários:
Enviar um comentário