O Acordo de Associação e Estabilização será hoje rubricado em Sarajevo. Luís Amado, presidente em exercício do Conselho de Ministros da UE, e Javier Solana, Alto Representante para a Política Externa, chefiam a delegação europeia.
A Bósnia é o único país da região dos Balcãs Ocidentais que não tem um acordo de associação com a União Europeia.
Nos termos do acordo de paz de Dayton, que pôs fim ao conflito de 1992-1995 na antiga Jugoslávia, a Bósnia é formada por duas entidades autónomas, a República Srpska e a Federação Croato-Muçulmana, unidas por frágeis instituições centrais.
Desde 1 de Novembro, esta república da ex-Jugoslávia vive uma grave crise política desencadeada pela demissão do primeiro-ministro do governo central Nikola Spiric (sérvio).
Spiric demitiu-se e dissolveu o governo permanecendo interinamente em funções até à sua recondução em funções ou à realização de eleições legislativas.
A sua demissão deveu-se a reformas impostas pela comunidade internacional, destinadas a impedir os entraves ao funcionamento do governo bósnio através da abstenção dos seus membros, mas que os sérvios vêem como dirigidas contra os seus interesses.
O governo central bósnio - comum a muçulmanos, sérvios e croatas - aprovou um plano de acção para a reforma da polícia. Esta reforma era a condição para que a Bósnia pudesse rubricar com a UE o Acordo de Estabilização e Associação, que abre o caminho para uma futura adesão à União.
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