A imprensa oficial chinesa retratou em tons negativos a Cimeira UE/África do fim-de-semana.
"África diz não à UE quanto aos acordos comerciais", diz o China Daily, jornal oficial em língua inglesa, que escolheu como a notícia principal da sua secção internacional a Cimeira que decorreu em Lisboa e que tinha como um dos pontos da agenda a reflexão sobre como lidar com a crescente presença da China em África.
A Cimeira teve consequências políticas para a China, país que responsáveis europeus encaram cada vez mais como uma potência rival em África, até porque Pequim, para além de empréstimos a juros baixos e perdão de dívidas, oferece aos países africanos ajuda ao desenvolvimento sem condições políticas, sociais ou ambientais.
Não é de estranhar, portanto, que a imprensa chinesa, toda ela governamental, adopte hoje uma linha negativa, com títulos como "Desaire nos esforços da cimeira para criar nova parceria económica" (China Daily) ou "Colisão na Cimeira UE-Africa", segundo o Beijing Youth Daily, publicado em chinês, que afirma também que, durante todo o encontro "o cheiro da pólvora foi muito forte".
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