O diário estónio Eesti Ekspress escreve hoje que o agente que fazia a ligação entre o oficial Herman Simm (na foto), alta patente das Forças Armadas da Estónia, e os serviços secretos russos, a quem o estónio vendia valiosos segredos militares da UE e da NATO, era português.
“Agente de ligação não é espanhol, mas sim português”, escreve o jornal estónio, sublinhando que esse elo de ligação tinha “identificação portuguesa”. O caso do oficial Herman Simm, a quem um dos jornais estónios chamou “Carta de Ouro” dos serviços secretos russos, está a ter fortes repercussões não só na Estónia, mas também no seio da União Europeia e NATO, pois ele tinha acesso a informação sobre a “defesa informática” do seu país, bem como sobre o sistema de defesa antimíssil que os Estados Unidos pretendem instalar no Leste da Europa e sobre as operações da Aliança Atlântica no Afeganistão e Balcãs. Herman Simm, de 61 anos, ocupava um alto cargo no aparelho do Ministério da Defesa da Estónia e, segundo os órgãos de informação estónios, colaborou quase dez anos com os serviços secretos russos. Foi detido em Setembro passado, juntamente com a esposa, uma advogada que trabalhava para a polícia estónia.
Os órgãos de informação estónios escrevem que Simm recebeu da Rússia milhões de dólares e que passou a estar no centro das anteções dos serviços secretos estónios depois de adquirir terras e imóveis. Os serviços secretos norte-americanos e europeus tentam agora determinar os prejuízos causados ao sistema de segurança ocidental. “Quanto mais eles estudam este caso, mais clara se torna a envergadura do prejuízo causado pelo acusado de traição”, escreveu a propósito a revista alemã Der Spiegel.
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